Tal como sempre fez Mário Soares, a crítica política e a intervenção social são sinónimos de vitalidade democrática e deviam ser até um imperativo de consciência para quem - como Cavaco Silva - teve especiais responsabilidades no País.
A resposta racional e sem engulhos ideológicos é simples: seja de forma mais institucional como ex-Presidente que vai a eventos da Misericórdia da Figueira da Foz ou escreve sobre o Dia da Europa, como convidado nos 30 anos do Plano Especial de Realojamento (PER) ou como o homem da T-shirt social democrata dado a eventos de autarcas, Cavaco Silva não anda a dizer qualquer mentira. Nem sobre a realidade nacional, a atuação do Governo ou o comportamento que se espera do maior partido da oposição, o PSD. As análises que tem feito são de grande lucidez e querer, como muitos responsáveis do PS (e de boa parte da esquerda) querem, que fique numa espécie de silencioso pedestal é algo despropositado que não serve sequer o País. Tal como sempre fez Mário Soares, a crítica política e a intervenção social são sinónimos de vitalidade democrática e deviam ser até um imperativo de consciência para quem teve especiais responsabilidades governativas.
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