Sábado – Pense por si

Carlos Rodrigues Lima
Carlos Rodrigues Lima Grande Repórter
31 de outubro de 2018 às 12:07

O triunfo do capitão Nascimento

Talvez o mundo ainda precise de mais ditadores para entender a necessidade de cuidar da Democracia. Apesar da ameaça, o Brasil ainda tem instituições capazes de resistir aos tiques de autoritarismo. O principal problema está na banalização do discurso da intolerância

O primeiro tropa de elite de José Padilha termina com uma execução do BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), devidamente comandada pelo capitão Nascimento, no cimo de um morro e depois de uma longa "caçada". No filme seguinte, o capitão Nascimento troca a farda pelo "terno" e o balneário pela secretária, entra no jogo da política, nos bastidores dos interesses cruzados entre narcotraficantes e políticos (os primeiros financiam os gastos dos outros), na corrupção. Nascimento sofre, mas não desiste. E chega ao epílogo determinado a contar tudo o que sabe. Publicamente, como é bom de ver, à espera que as suas palavras produzam um efeito. E até produziram: uns tipos de segundo plano são presos. Enquanto isso, o "mecanismo" continua a funcionar.

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