O grande problema da confiança é que ela necessita de sinais concretos. Não basta dizer "confie em mim" para, automaticamente, se confiar. Ou se tem um passado confiável, uma caução para uma futura confiança, ou a relação torna-se tudo menos confiável. Há exceções: quando José Sócrates apresentou o livro A Confiança no Mundo, todos confiámos ter sido ele o autor, apesar de um passado pouco confiável. Agora é a vez de a Justiça (entendida como um todo e não só os juízes) pedir aos cidadãos, a esse povo em nome do qual é administrada, um voto de confiança para o futuro.

Confiem em nós, porque sim!

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