Sábado – Pense por si

Carlos Rodrigues Lima
Carlos Rodrigues Lima Grande Repórter
21 de maio de 2020 às 07:00

Como é que o bicho (ainda) mexe?

Não, isto não se trata de Bruno Nogueira, mas sim do bicho que desde 2014 está ligado ao ventilador: o Novo Banco. Essa criação na qual, supostamente, tinha sido colocado o bife do lombo do Espírito Santo mas, afinal, nem para um prego no pão de tasca da esquina serve

A história que, em 2014, nos contaram é que alguém pegou no cajado de Moisés e dividiu a carcaça do Banco Espírito Santo (BES): de um lado ficou a carne, o bom, do outro ficaram os ossos e a cartilagem, o mau, aquilo que estava quase a entrar em putrefação e que não podia contaminar a parte boa. Seguiu-se outra história: o modelo de resolução do BES foi o que melhor defendeu o interesse dos contribuintes e o Estado não injetava diretamente dinheiro no recém-nascido Novo Banco, mas emprestava ao Fundo de Resolução. Contas feitas, de aldrabice em aldrabice, o bicho do Novo Banco já açambarcou 7,8 mil milhões de euros, grande parte do bolso dos contribuintes.

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