Sábado – Pense por si

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes Jornalista
16 de abril de 2018 às 09:00

Os euros não nascem para todos

Os bancos estão a emprestar menos à economia do que antes da crise, mas esta austeridade não é igual para todos. Se no crédito às empresas a aversão ao risco é a regra, nos empréstimos às famílias o relaxamento é notório. Desde 2004 que não se emprestava tanto para consumo

É fácil sentirmos que a crise da banca em Portugal está a acontecer em diferido. A crise de financiamento do Estado acabou há quase quatro anos, mas nos bancos as más notícias continuam a pingar. A garantia pública aos accionistas do Novo Banco, o dinheiro que pusemos na Caixa e o aumento das comissões bancárias são lembretes caros de uma má memória que, em vão, queremos apagar. Mas nem tudo são espinhos. A política de crédito dos bancos virou em parte a página da austeridade, para citar o chavão propagandista – escrevo "em parte" porque este é um sol que não está a nascer para todos.

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