Sábado – Pense por si

Susana Coroado
Susana Coroado Investigadora
25 de agosto de 2022 às 20:00

Da delegação da responsabilidade política

Não é Sérgio Figueiredo quem tem obrigações de defesa do interesse público, quem foi eleito deputado da nação, quem responde perante o parlamento e quem está sujeito ao código de conduta do governo e às regras de contratação pública. É Fernando Medina, Ministro das Finanças.

Na torrente mediática e num ano que parece não ter havidosilly seasondado o número de polémicas que se têm vindo a suceder, o caso Sérgio Figueiredo parece já um assunto requentado. Contudo, num país que tem escândalos em catadupa, um caso destes nunca é apenas um caso, mas mais um exemplo das falhas sistémicas na integridade pública. A natureza das falhas é variada: falta de regras, falta de cumprimento das regras existentes, falhas na prevenção, na monitorização, entre outras. O desfecho deste caso em particular, com arenúnciaindignada de Sérgio Figueiredo e olamentodo Ministro das Finanças pela decisão do seu novo contratado/antigo contratante, remete para outra vertente do problema da integridade pública em Portugal: a falta (gritante) de responsabilização política e a delegação dessa responsabilidade para actores externos.

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