A emergência de forças (pós)fascizantes, que adquiriu especial ímpeto com o empossamento da Administração Trump, não podia prescindir de fazer renascer um dos seus alicerces ideológicos mais perturbadores: a eugenia. A eugenia é um conjunto de crenças e práticas norteadas pelo objetivo da melhoria genética dos seres humanos. Francis Galton, que cunhou o termo, entendia a eugenia como o estudo dos fatores sociais que influenciam a "qualidade racial" das futuras gerações. Ao longo da história, vagas sucessivas de eugenistas procuraram interferir com a reprodução de certos fenótipos (conjuntos particulares de caraterísticas) humanos considerados inferiores. Uma ampla gama de práticas foi, ao longo da história recente, implementada para esses fins, desde a esterilização forçada até à eutanásia forçada.