Sábado – Pense por si

Maria J. Paixão
Maria J. Paixão Investigadora
02 de junho de 2024 às 10:29

A feticização da juventude

Em face da evidência empírica de que a urgência ecológica está já em curso, os jovens são apresentados, ao mesmo tempo, como heróis e vilões. São eles que vão salvar a Humanidade; mas não devem exceder-se nas formas de ação utilizadas.

A juventude, erigida a mito pela americanização da cultura, tem-se tornado, em definitivo, sujeito político autónomo. Tal autonomização é menos um projeto próprio e mais um projeto alheio, às vezes paternalista, às vezes responsabilizador. Esta construção dos "jovens" como grupo social homogéneo, além de falaciosa, obscurece a real natureza dos problemas enfrentados. 

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