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João Paulo Batalha
João Paulo Batalha
05 de janeiro de 2022 às 08:00

Fusíveis queimados

A lenta agonia da EFACEC é um caso de estudo sobre a utilidade de enterrar dinheiro público em empresas “estratégicas” – e sobre os custos de estender a mão a dinheiro sujo.

Ia ser um instantinho. A 2 de julho de 2020, o Governo nacionalizou 71,73% da EFACEC – a parte que era detida por Isabel dos Santos. Os Luanda Leaks tinham saído no início desse ano e a atenção internacional sobre os interesses empresariais da filha do então já ex-Presidente de Angola trazia instabilidade à empresa, que era preciso atalhar. Rapidamente revender-se-ia a EFACEC que, por ter "caráter fortemente tecnológico, inovador e exportador", era "estratégica" para o país. Interessados não faltam, prometeu o Governo, pelo que a operação não terá custos para o contribuinte.

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