Sábado – Pense por si

João Paulo Batalha
João Paulo Batalha
31 de janeiro de 2020 às 12:23

A curto prazo estamos todos mortos

O medo de fazer ruturas é hoje a principal ameaça à democracia. Se depender dos senadores da República fica tudo como está até que a morte nos ampare.

Depois do primeiro embate provocado pela revelação dos Luanda Leaks, em versão choque e pavor, à segunda semana o universo de Isabel dos Santos recuperou o fôlego e passou ao contra-ataque. Não me refiro ao universo empresarial, evidentemente. Esse está em desmantelamento irreversível, como punição pelo crime de ter sido apanhada. O centro de negócios de Isabel dos Santos passará para o Dubai ou para a Rússia, provavelmente com a ajuda das autoridades portuguesas, que num gesto de despedida a uma longa relação de cumplicidade odiosa, tudo indica a deixarão vender as últimas participações e fazer escapar o dinheiro para uma qualquer offshore.

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.