As mulheres da Obra
Várias mulheres do Opus Dei contam como é a sua vida na polémica instituição da Igreja, investigámos a atribuição de casas de baixo custo em zonas privilegiadas de Lisboa a oficiais da PSP e entrevistámos o apresentador da SIC, João Manzarra.
Ao longo dos últimos meses, a redatora principal Ana Taborda embrenhou-se em conhecer melhor o dia a dia das mulheres do Opus Dei, a instituição fundada pelo sacerdote espanhol Josemaría Escrivá em 1928, para perceber se elas vivem realmente num mundo fechado e à parte. Para isso, além do contacto com a própria organização, conversou com diversas atuais e ex-membros da "Obra de Deus". A segunda conversa com Mónica Cayolla Pinto, supranumerária do Opus Dei, por exemplo, terminou perto das 12h. Nessa altura a jurista olhou para o relógio e percebeu que estava na hora de rezar, o que fez ali mesmo, em voz alta mas discretamente, na esplanada de um café de Lisboa. Depois aproveitou para mostrar à jornalista daSÁBADOa aplicação de telemóvel que muitos membros do Opus usam e a partir da qual leu a oração (uma das muitas que faz diariamente). Nesta aplicação, os membros da Obra podem assinalar os deveres diários que já cumpriram e os que ainda estão em falta. Também há quem use alarmes para não se esquecer de parar para rezar. A maioria teve uma preocupação: não dar um ar beato para as fotografias.
Rendas baratas
Quando descobriu que um dos beneficiários de uma casa da associação Montepio da PSP de Lisboa era o ex-diretor adjunto da polícia José Ferreira Oliveira, até há poucas semanas adido na embaixada de Portugal em Madrid, o jornalista Alexandre R. Malhado foi tocar à porta do imóvel para perceber quem lá vivia. Quem atendeu? O sobrinho do oficial. Este é apenas um dos casos que o repórter e a diretora Sandra Felgueiras descobriram numa investigação que mostra como casas T3 e T4 em zonas privilegiadas da capital foram atribuídas aos próprios membros dos órgãos sociais da associação por rendas entre os 300 e os 500 euros por mês.
Chamadas em vão
Fazer a rubrica Ao Telefone com o apresentador da SIC João Manzarra não foi tarefa fácil. As primeiras chamadas da jornalista Susana Lúcio foram interrompidas abruptamente. Mas o verdadeiro motivo foi outro, como acabaria por confessar mais tarde: sempre que pode, Manzarra não anda com o telemóvel. Logo, não atendia as chamadas. O trabalho, normalmente simples, demorou três semanas, mas valeu a pena: o apresentador contou, por exemplo, como a morte do pai o fez mudar de vida.
Boa semana.
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