Três mortos nas manifestações contra Maduro

Pelo menos três pessoas morreram durante os protestos contra o governo do presidente Nicolás Maduro, na Venezuela. Um adolescente e um guarda nacional foram mortos em Caracas, capital venezuelana. Uma mulher foi baleada em San Cristobal, perto da fronteira com a Colômbia.


Carlos José Moreno, de 17 anos, foi alvejado na cabeça perto de uma demonstração da oposição ao governo. Testemunhas afirmaram à Agence France Press que os tiros foram disparados por motoqueiros que atiraram também gás lacrimogéneo para o meio do grupo. O irmão do jovem de 17 anos afirmou que José Carlos não estava a participar na manifestação e que ia a caminho de um jogo de futebol.

Um membro da Guarda Nacional, Niumar Sanclemente, foi também baleado. Segundo o político, advogado e poeta venezuelano Tarek Saab, Sanclemente foi assassinado por um atirador durante um protesto contra o governo.

Paola Ramírez, estudante de 23 anos, foi também alvejada, em San Cristobal. Segundo o seu namorado, ambos foram perseguidos por homens em motas enquanto abandonavam a manifestação. Paola morreu mais tarde enquanto procurava a sua irmã, explicou o namorado.

Alguns dos protestos desta quarta-feira terminaram com confrontos entre a polícia e os manifestantes, com os últimos a atirarem pedras contra as autoridades que responderam com gás lacrimogéneo e balas de borracha.

Os manifestantes contra Maduro pedem eleições presidenciais antecipadas e que sejam libertados políticos da oposição ao governo.

Milhares de pessoas saíram para as ruas mostrando o seu apoio ao governo venezuelano, tendo o presidente discursado num comício em Caracas.

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