O embaixador russo na ONU convocou sessão de urgência para discutir o uso do "ucraniano como língua oficial" no dia da tomada de posse do novo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Países europeus e os Estados Unidos rejeitaram esta segunda-feira uma reunião do Conselho de Segurança sobre a língua oficial na Ucrânia, pedida pela Rússia, no dia da tomada de posse do novo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A votação do procedimento contra a reunião recebeu seis votos contra (França, Reino Unido, Alemanha, Polónia, Bélgica e Estados Unidos), enquanto cinco países votaram a favor (Rússia, China, África do Sul, República Dominicana e Guiné Equatorial), registando-se quatro abstenções (Indonésia, Costa do Marfim, Peru e Kuwait).
Nas votações de procedimentos no Conselho de Segurança não há direito de veto.
O embaixador russo na ONU, Vassily Nebenzia, convocou esta sessão de urgência em relação a uma lei da Ucrânia sobre o uso do "ucraniano como língua oficial", com Moscovo a referir que "viola diretamente o espírito e a letra" das disposições dos acordos de Minsk (2015).
A lei, que entrará em vigor em julho, foi aprovada pelo parlamento em 25 de abril e já tinha sido denunciada pela Rússia.
Esta reunião foi pedida "sem aviso" pela Rússia, criticou o embaixador francês na ONU, François Delattre, explicando os motivos que levaram a França a pedir que não fosse realizada.
"O objetivo é colocar em apuros o Presidente Zelensky", frisou.
"Não há conflito russo-ucraniano", disse Vassily Nebenzia, salientando que a crise no leste da Ucrânia é um problema deste país.
A questão da linguagem é "dolorosa" na Ucrânia, que fazia parte do Império Russo e depois da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, e onde o uso do ucraniano foi restringido ou mesmo banido por momentos.
A prática do ucraniano progrediu desde a queda da União Soviética em 1991, aumentando desde 2014 e o início da crise com a Rússia.
A Ucrânia, país de quase 45 milhões de habitantes, tem ainda uma grande comunidade de língua russa concentrada no leste e sul.
Rejeitada reunião pedida pela Rússia ONU sobre língua da Ucrânia
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.