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Pyongyang diz ter novo míssil para transportar ogiva nuclear

Regime de Kim Jong-Un garante que disparo de domingo terá tido um alcance sem precedentes

O regime da Coreia do Norte revelou esta segunda-feira que o míssil disparado no domingo é um novo modelo, de "médio e longo alcance", tendo capacidade para transportar "uma potente ogiva nuclear".

Coreia do Norte
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De acordo com a imprensa oficial norte-coreana, citada pela agência noticiosaAFP, o disparo de domingo terá tido um alcance sem precedentes, tendo sido acompanhado pessoalmente pelo presidente, Kim Jong-Un, existindo fotos que o mostram num hangar militar, posando junto ao novo míssil balístico.

Segundo a agência de notícias estatal KCNA, trata-se de "um novo modelo de míssil balístico estratégico de médio e longo alcance, o Hwasong-12".

O míssil, disparado pelas 05h30 locais (21h30 de sábado em Lisboa), atingiu uma altitude de 2.111 quilómetros, percorreu cerca de 700 quilómetros e caiu no Mar do Japão.

A Coreia do Norte assumiu, de novo, que tem como objectivo construir um míssil que seja capaz de transportar uma "ogiva poderosa" e alcançar bases americanas no Pacífico.

O regime de Kim Jong-Un tem desrespeitado por diversas vezes nos últimos meses sanções das Nações Unidas que proíbem a Coreia do Norte de desenvolver tecnologia nuclear e de mísseis balísticos.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, já condenou publicamente o lançamento do novo míssil balístico, considerando o exercício uma ameaça à paz e segurança na região. "Esta acção viola as resoluções do Conselho de Segurança e é uma ameaça à paz e segurança na região", disse Guterres, através de um porta-voz.

O Conselho de Segurança vai reunir-se na terça-feira para discutir a questão da Coreia do Norte, tendo os Estados Unidos pedido à comunidade internacional medidas mais duras de condenação do regime norte-coreano.

Também o Governo português condenou esta segunda-feira a acção da Coreia do Norte, considerando que o disparo constitui uma violação das resoluções do Conselho de Segurança da ONU e compromete a segurança regional e internacional.

Numa nota divulgada pelo Gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros, o executivo português refere que o lançamento de um míssil balístico pela República Popular Democrática da Coreia surge como uma violação das obrigações decorrentes de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU.