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Príncipe herdeiro saudita pede fim da "exploração" do caso Khashoggi

"A morte de Jamal Khashoggi é um crime muito doloroso", afirmou Mohammed bin Salman, que indicou o desejo de manter relações estreitas com "todos os países islâmicos, incluindo a Turquia".

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, advertiu este domingo "todos aqueles que exploram" com fins políticos o caso da morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, numa crítica velada à Turquia.

As tensões entre a Turquia e a Arábia Saudita intensificaram-se após o brutal assassínio de Khashoggi no consulado saudita em Istambul, em outubro do ano passado.

"A morte de Jamal Khashoggi é um crime muito doloroso", disse Mohammed bin Salman, em entrevista ao diário Asharq al-Awsat.

"Todos aqueles que exploram o caso do ponto de vista político devem deixar de o fazer e apresentar provas ao tribunal, o que contribuirá para a justiça", prosseguiu o príncipe herdeiro, que tem o poder no país, sem nomear a Turquia.

Na mesma entrevista, manifestou ainda o desejo de manter relações estreitas com "todos os países islâmicos, incluindo a Turquia".

Segundo a imprensa, a CIA acredita que a ordem para matar o jornalista foi dada pelo próprio príncipe herdeiro. O regime saudita nega, alegando que se trata de uma operação não autorizada pelo governo.

No processo perante os tribunais sauditas, a acusação ilibou o príncipe herdeiro e implicou mais de 20 pessoas, exigindo a pena de morte para cinco homens.

Jamal Khashoggi, que tinha emigrado para os Estados Unidos, era crítico de Mohammed bin Salman.

A Ucrânia não ficará sozinha

Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.