O massacre em Bondi, Austrália, foi o culminar de uma série de ataques antissemitas a nível global. Chegou-se a um nível de ódio e violência como "não se via desde a II Guerra Mundial", diz Vasco Weinberg
Pode-se escolher um número ou um episódio. No ano 2025, até setembro, a Austrália tinha registado 1.654 incidentes antissemitas. Ou um episódio: no dia 14 de dezembro, ao fim da tarde, perto de um milhar de judeus celebravam a festividade religiosa do Hanukkah na praia de Bondi quando uma dupla de pai e filho abriu fogo sobre a multidão, fazendo 15 mortos (até ao fecho desta edição), incluindo uma menina de 10 anos e um sobrevivente do Holocausto, de 87, e mais de 40 feridos. As mortes foram escolhidas a dedo - judeus num evento religioso - e deliberadas, já que as miras telescópicas usadas pelos atacantes tornavam cada vítima, à conversa entre os seus, perfeitamente visível, cada rosto identificável. Por estranho que tal possa parecer, o evento era esperado. Levi Wolff, rabi da Sinagoga Central de Sydney, disse aos jornalistas que “o inevitável aconteceu agora”. Na praia de Bondi juntavam-se em algumas zonas filas de sapatos perdidos das vítimas, numa imagem que ecoa o monumento em Budapeste, na Hungria, em que filas de sapatos recordam os dos judeus que eram obrigados a descalçar-se antes de serem executados, junto ao Danúbio, por milícias nacionais fascistas, durante a II Guerra Mundial - outros tempos.
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