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O ministro das Finanças, os milhões escondidos e a pista de Angola

Sara Capelo
Sara Capelo 10 de fevereiro de 2019 às 08:00

O libanês Jean Boustani está no centro do esquema que terá corrompido Manuel Chang. Uma auditora revela agora que negociou com o ministério de João Lourenço

Esta é a história – ainda sem final – de como um empresário libanês conseguiu montar um esquema de subornos a pelo menos três representantes do governo moçambicano, entre eles um ministro das Finanças, e a diretores de um banco suíço. Envolve troca de emails em código – como o pagamento de "50 milhões de galinhas" – e a criação pelo Estado de três empresas "de fachada", administradas por um responsável dos serviços secretos, e que aumentaram a dívida (chamaram-lhe, até, "o escândalo da dívida escondida") deste país africano em quase dois mil milhões de dólares (1,75 mil milhões de euros), sem que o Fundo Monetário Internacional (FMI) se apercebesse durante três anos.

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