Sábado – Pense por si

A SÁBADO na última caminhada dos refugiados antes da liberdade

Pedro Jorge Castro 28 de setembro de 2015 às 17:00

Diário do enviado especial, dia 9: como a Hungria põe duas mil pessoas a andar; os voluntários que enchem o carro com dez pessoas; e a sensação da chegada à Áustria

O transporte dos refugiados e migrantes dentro da Hungria é tratado quase como um segredo de Estado. Nunca se sabe quando é que chega o próximo comboio a Hegyeshalom, junto à fronteira com a Áustria. O próprio chefe da polícia só é informado com meia hora de antecedência, através de um telefonema que recebe do comando. Assim que desliga a chamada, distribui duas dezenas de homens pelos carros e cercam a gare. O relógio da estação marca 11h24 (da noite). Se ao lado estivesse pendurado um termómetro, não registaria mais de 5 graus.

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