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Umaro Sissoco Embaló diz que não há “golpe de Estado” na Guiné-Bissau

29 de fevereiro de 2020 às 12:27

O autoproclamado Presidente da Guiné-Bissau afirma que não foi tomada nenhuma restrição dos direitos e liberdades dos cidadãos.

O autoproclamado Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, afirmou hoje que não há "nenhuma situação de golpe de Estado" no país e que não foi tomada nenhuma restrição dos direitos e liberdades dos cidadãos.

"Quero lançar um apelo à calma ao povo guineense, e dizer que contrariamente as informações que têm sido veiculadas por alguns setores da comunicação social, a Guiné-Bissau não está a viver nenhuma situação do golpe de estado", afirmou Umaro Sissoco Embaló, num discurso proferido, após a tomada de posse de Nuno Nabian como primeiro-ministro.

"Aliás, não foi tomada nenhuma medida de restrição dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos, muito menos pôr em causa o normal funcionamento das instituições do Estado", acrescentou Umaro Sissoco Embaló.

O general explicou também que decidiu em "uso dos poderes que a Constituição" lhe atribui "pôr fim à anarquia, desordem e desrespeito aos órgãos de soberania, sobretudo, o Presidente da República, perpetrados por um Governo que, por determinação da Constituição da República, responde politicamente perante o chefe de Estado".

Umaro Sissoco Embaló, dado como vencedor da segunda volta das eleições presidenciais do país pela Comissão Nacional de Eleições, tomou posse na quinta-feira, quando decorre um recurso de contencioso eleitoral interposto pela candidatura de Domingos Simões Pereira no Supremo Tribunal de Justiça.

Umaro Sissoco Embaló foi indigitado no cargo pelo então vice-primeiro presidente do parlamento Nuno Nabiam, que hoje tomou posse como primeiro-ministro.

Na sexta-feira, o general demitiu o líder do Governo, Aristides Gomes, do cargo e nomeou Nuno Nabiam.

Já ao final do dia de sexta-feira, 52 dos 102 deputados do parlamento da Guiné-Bissau indigitaram o presidente do parlamento, Cipriano Cassamá, como chefe de Estado interino, por considerarem que o Presidente cessante, José Mário, se destituiu ao entregar a Presidência ao general Umaro Sissoco Embaló.

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