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Trump vai mandar fuzileiros para travar protestos em Los Angeles

Diogo Barreto 09 de junho de 2025 às 21:45

Os fuzileiros vão-se juntar aos militares da Guarda Nacional que já estão a ajudar a combater os manifestantes contra as políticas migratórias.

Donald Trump vai enviar 500 fuzileiros do centro de Marines da Califórnia para responder aos protestos em Los Angeles, juntando-se assim às unidades da Guarda Nacional que foram mobilizadas a semana passada. Esta decisão volta a não ter o consentimento do governador da Califórnia ou do autarca da cidade, aprofundando ainda mais o fosso entre a Casa Branca e o governo da Califórnia.

AP Photo/Ethan Swope

Nos últimos dias têm sido atiradas acusações de culpa de lado a lado, tendo Gavin Newson, o governador da Califórnia, afirmado que vai processar Trump por ter enviado tropas para o estado e Trump já apelou à detenção do democrata. "Vá em frente, prenda-me", disse Gavin Newsom no domingo na estação MSNBC, referindo-se a Tom Homan, o principal conselheiro de imigração de Donald Trump e arquiteto da sua política de deportação em massa de imigrantes ilegais. Questionado sobre estas declarações, Donald Trump respondeu: "Eu faria isso se fosse o Tom [Homan]", acrescendo que "seria ótimo, [o governador] fez um trabalho horrível".

Em resposta a estas declarações de Trump, Newsom escreveu no X: "O Presidente dos Estados Unidos acaba de pedir a prisão de um governador em exercício", numa linha que "não pode ser ultrapassada como nação" e num "um passo inegável em direção ao autoritarismo".

Donald Trump ordenou o envio da Guarda Nacional, uma força de reserva do Exército, para a metrópole californiana contra a vontade do governador. E agora a entrada de meio milhar de fuzileiros marca então um novo escalar da tensão, assinala a CNN Internacional.

Os manifestantes chegaram a bloquear o trânsito de uma das vias mais importantes do centro da cidade, tendo este episódio feito aumentar o nível de tensão, com confrontos a envolver os agentes de segurança. No sábado, o governo americano decidiu, por isso, anunciar o envio de 2 mil tropas.

"Nos últimos dias, multidões violentas atacaram polícias do ICE [polícia da imigração] e agentes federais que realizavam operações básicas de deportação em Los Angeles, Califórnia. Essas operações são essenciais para interromper e reverter a invasão de criminosos ilegais nos EUA. Após essa violência, os irresponsáveis líderes democratas da Califórnia abdicaram completamente da sua responsabilidade de proteger seus cidadãos. É por isso que o presidente Trump assinou um memorando presidencial para mobilizar 2 mil membros da Guarda Nacional para lidar com a ilegalidade que permitiram que se agravasse", lê-se num comunicado da Casa Branca.

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