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Trump instala placas sob os retratos de Biden e Obama com críticas

Lusa 18 de dezembro de 2025 às 11:10

Sobre Barack Obama a placa afirma que é "uma das figuras políticas mais fraturantes da história". Já Joe Biden é descrito como "o Sonolento.

O republicano Donald Trump instalou placas sob os retratos dos antecessores na Casa Branca com textos que, no caso dos democratas Joe Biden e Barack Obama, contêm críticas e queixas do atual presidente norte-americano.
Placas críticas de Trump contra Biden e Obama Foto AP/Mark Schiefelbein
O chefe de Estado norte-americano já tinha causado polémica ao instalar uma galeria de retratos de ex-presidentes sob uma colunata exterior que conduz à Sala Oval, na qual a fotografia de Joe Biden foi substituída pela de uma máquina de assinatura. A iniciativa fazia referência às alegações de Donald Trump de que o seu antecessor estava senil e incapaz de governar. Os jornalistas descobriram esta quinta-feira que tinham sido acrescentadas placas com resumos biográficos por baixo dos retratos, noticiou a agência France-Presse (APF). O texto sobre Joe Biden (2021-2025) e Barack Obama (2009-2017) são, previsivelmente, extremamente negativas. Sobre o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, a placa afirma que é "uma das figuras políticas mais fraturantes da história". É também chamado de "Barack Hussein Obama", da mesma forma que Donald Trump o trata, que ajudou a amplificar as teorias da conspiração sobre as origens do seu antecessor. Joe Biden é descrito da seguinte forma: "Joe Biden, o Sonolento ("Sleepy Joe", na expressão em inglês), foi, de longe, o pior presidente da história dos Estados Unidos". A placa repete ainda a falsa alegação de que a eleição de 2020 foi roubada a Donald Trump. Quanto a Bill Clinton (1993-2001), a placa reconhece a sua "excelente" gestão económica "apesar dos seus escândalos" e observa que a sua mulher, Hillary Clinton, perdeu as eleições para Trump em 2016. Em relação ao republicano Ronald Reagan (1981-1989), admirado por Trump, a inscrição refere que "venceu a Guerra Fria" e que "era fã do presidente Donald J. Trump muito antes da histórica campanha presidencial de Trump". Quanto ao atual presidente, a sua biografia é, sem surpresas, altamente elogiosa. Afirma que pôs fim a oito conflitos em oito meses, um número amplamente considerado como inventado, e que gerou triliões de dólares em investimentos nos Estados Unidos, uma alegação não verificável. Esta galeria é uma das muitas mudanças que Trump ordenou na Casa Branca para deixar a sua marca, sendo a mais significativa a construção em curso de um grande salão de baile, que envolveu a demolição da histórica Ala Leste da residência presidencial. Desde que regressou ao poder, em 20 de janeiro, Donald Trump transformou a Casa Branca num cenário a seu gosto para se glorificar, referiu ainda a AFP. Além de mandar construir um gigantesco salão de baile, multiplicou os ornamentos dourados e pendurou retratos de si próprio, contrariando o costume segundo o qual a efígie de um presidente não é exibida até que este deixe o poder.
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