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Trump ataca democratas com Weinstein: "Michelle Obama adorava-o. Hillary Clinton adorava-o"

25 de fevereiro de 2020 às 14:57

Presidente dos Estados Unidos disse que a condenação por crimes sexuais do ex-produtor constitui uma "mensagem muito forte". Mas aproveitou a mesma para atacar os adversários políticos.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse esta terça-feira que a condenação por crimes sexuais do ex-produtorHarvey Weinsteinconstitui uma "mensagem muito forte".

"Considero que do ponto de vista das mulheres (...) é uma grande vitória. Constitui uma mensagem muito forte", disse Trump que está em Nova Delhi, numa visita oficial à Índia.

Em declarações aos jornalistas, o presidente dos Estados Unidos deu a entender que não é admirador de Weinstein, tendo aproveitado para recordar a proximidade do ex-produtor norte-americano com os democratas. "Michelle Obama adorava-o. Hillary Clinton adorava-o", disse Trump.

Harvey Weinstein foi considerado culpado, na segunda-feira, por um tribunal de Nova Iorque por crimes sexuais, incluindo violação, tendo evitado a condenação pelas acusações mais graves.

O veredicto foi aplaudido pelo movimento #MeToo e pelos acusadores do ex-produtor que ficou preso a aguardar sentença marcada para 11 de março.

Weinstein, de 67 anos, arrisca uma condenação até 29 anos de prisão.

Na base das acusações está o testemunho de três mulheres, entre as mais de 80 que acusaram Harvey Weinstein de assédio ou agressão sexual.

Na sessão de segunda-feira, o ex-produtor foi considerado culpado por ataque sexual à ex-assistente de produção Mimi Haleyi, em 2006, e violação da aspirante a atriz Jessica Mann, em 2013.

Por outro lado, os juízes não consideraram a situação relativa a Jessica Mann, pelo que o ex-produtor foi ilibado das acusações que apontavam para comportamento predatório.

Esta é a primeira condenação num caso pós-#MeToo, nome dado ao movimento surgido no final de 2017, que luta contra o assédio sexual e a agressão sexual, na indústria do cinema e do audiovisual, nos Estados Unidos.

A condenação, em abril de 2018, do ator Bill Cosby resultou de processos iniciados em 2015, antes da vaga de denúncias que abalou o setor a partir de outubro de 2017.

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