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Teerão diz que alvo não era o hospital, Jerusalém e Cruz Vermelha condenam ataque

Lusa 19 de junho de 2025 às 17:13

"A onda de explosão causou danos superficiais numa pequena secção do Hospital Militar Soroka, que foi evacuada em grande parte", disse o ministro Abbas Araqchi.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano disse esta quinta-feira queo ataque desta manhãvisava uma sede da inteligência israelita e não o hospital Soroka, no sul de Israel, missiva condenada por Israel e Cruz Vermelha.

AP Photo/Leo Correa

"Hoje cedo, as nossas poderosas Forças Armadas eliminaram com precisão um quartel-general do Comando Militar, Controlo e Inteligência israelita e outro alvo vital", disse o ministro Abbas Araqchi, numa mensagem na sua conta X.

De acordo com o governante, "a onda de explosão causou danos superficiais numa pequena secção do Hospital Militar Soroka, que foi evacuada em grande parte".

O jornal israelita The Times of Israel referiu hoje que a base militar mais próxima de Soroka fica a cerca de dois quilómetros de distância, mas o ministro iraniano publicou um mapa onde se pode ler que o centro médico está separado de um "campus de inteligência" do exército israelita por uma rua.

O Ministério da Saúde israelita informou que o ataque deixou 71 feridos ligeiros e uma pessoa que teve de ser tratada por ansiedade e condenou o ataque ao centro, que "é um dos melhores de Israel".

Para o Irão, este centro "é utilizado principalmente para tratar os soldados israelitas envolvidos no genocídio em Gaza", onde recordou que Israel "destruiu ou danificou 94% dos hospitais palestinianos".

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) apelou hoje ao "respeito" e à "proteção" dos hospitais.

"Os feridos e os doentes, o pessoal médico e os hospitais devem ser respeitados e protegidos", declarou o CICV, apelando ao respeito do direito internacional no sétimo dia da guerra entre Israel e o Irão.

Por seu lado, o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Gideon Saar, acusou o Irão de atacar "deliberadamente" civis, qualificando de "crime de guerra" o bombardeamento de ao hospital.

Durante uma visita ao hospital Soroka, na cidade de Bersheba, no sul do país, Saar disse aos jornalistas que o Irão mantém uma estratégia sistemática de atacar civis, incluindo crianças e idosos, e afirmou que o bombardeamento do edifício de cirurgia "onde estão a ser salvas vidas" reflete esta tática.

"Trata-se claramente de um crime de guerra, mas reflete a estratégia em curso do regime iraniano (...) É inaceitável", afirmou, sublinhando que numerosos ministros de todo o mundo condenaram este ato.

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