Sueco acusado de enviar alta tecnologia para a Rússia
O suspeito detinha atividades comerciais como fachada para fornecer à Rússia tecnologia sensível capaz de aumentar a sua capacidade militar.
Um homem sueco na casa dos 60 anos foi acusado de graves atividades ilegais contra a Suécia por transferir tecnologia avançada com potencial para uso militar para a Rússia.
O suspeito nasceu na Rússia mas emigrou para a Suécia há 25 anos e tem cidadania sueca desde 2012. De acordo com a acusação as atividades comerciais que desenvolvia, e que incluíam exportações para a Rússia, funcionavam como uma fachada para fornecer à Rússia tecnologia sensível capaz de aumentar a sua capacidade militar, é possível que esta tecnologia tenha sido comprada aos Estados Unidos e que a Suécia tenha funcionado apenas como um meio de passagem.
Daniel Stenling, chefe do departamento de contraespionagem da polícia de segurança sueca partilhou numa conferência de imprensa que existem "suspeitas de crimes graves, que podem significar uma grave ameaça à segurança da Suécia e de outros estados, onde a tecnologia sueca é usada, entre outras coisas, na guerra da Rússia contra a Ucrânia".
Nos últimos anos as ameaças contra a Suécia provenientes de atividades ilegais de inteligência estrangeira intensificou-se mas ainda assim Daniel Stenling defende que "a Suécia não pode ser uma plataforma para uma potência estrangeira conduzir atividades ilegais" e por isso "a polícia de segurança atua fortemente contra as ameaças".
Devido à sua localização geográfica "os serviços de inteligência russos têm um grande interesse em adquirir produtos suecos" além disso "a Suécia é também usada como um país de transito para a aquisição de alta tecnologia de outros países ocidentais", considerou o chefe do departamento de contraespionagem.
Daniel Stenling advertiu ainda que "o tipo de tecnologia que a Rússia adquire ilegalmente é, em última análise, um pré-requisito para que possam travar a guerra".
A investigação preliminar sobre o suspeito já foi concluída e deve seguir agora para tribunal, segundo a direção dos procuradores da unidade de segurança nacional.
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