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Senado dos EUA aprova acordo que abre caminho para reabertura do Governo

Lusa 11 de novembro de 2025 às 07:18

O acordo, promovido pelos republicanos, com apoio de oito democratas, está agora nas mãos da Câmara dos Representantes.

O Senado dos Estados Unidos aprovou um texto que visa pôr fim à paralisação orçamental, graças ao apoio de um grupo de senadores democratas, seguindo agora para votação na Câmara dos Representantes.
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Após um dia de oito votações, o Senado aprovou, na segunda-feira, o acordo de financiamento provisório, com 60 votos a favor e 40 contra. O acordo, promovido pelos republicanos, com apoio de oito democratas, foi alcançado no 41.º dia de paralisação do Governo, a mais longa da história dos EUA, e está agora nas mãos da Câmara dos Representantes, que deverá iniciar a sessão na quarta-feira. Os oito democratas que romperam com o voto partidário e permitiram que o pacote avançasse foram Catherine Cortez Masto, Jacky Rosen, John Fetterman, Maggie Hassan, Jeanne Shaheen, Tim Kaine, Dick Durbin e o independente Angus King. A divisão democrata foi descrita como frustrante pelo senador do Arizona, Ruben Gallego, que afirmou que os afetados serão "24 milhões de norte-americanos que potencialmente verão os encargos com seguros aumentarem", porque o acordo aprovado não garante a extensão dos subsídios aos programas de saúde como o Obamacare, que expira no final deste ano. Os republicanos congratularam-se com os acordos. "O Presidente é a favor. Se o Presidente é a favor, penso que será aprovado na Câmara dos Representantes. Penso que é um bom acordo para o país", reagiu o conservador Lindsey Graham aos jornalistas. As atenções dos Estados Unidos voltam-se agora para a Câmara dos Representantes e para o Presidente da câmara baixa, o republicano Mike Johnson, que já convocou os membros para regressarem a Washington na quarta-feira. O compromisso bipartidário aprovado no Senado combina três medidas de financiamento anual para diferentes agências com um projeto de lei intercalar que pode manter as restantes agências federais em funcionamento até 30 de janeiro. O acordo também reverte mais de 4.000 despedimentos que a Administração Trump tentou levar a cabo no início do encerramento e proíbe novos cortes até final de janeiro. No entanto, o texto não inclui a prorrogação dos subsídios da lei dos cuidados de saúde (Obamacare), que expiram no final do ano e cujo fim pode aumentar os custos com saúde para milhões de norte-americanos. Os democratas fizeram pressão para incluir esta medida, mas os republicanos recusaram-se a discutir a política de saúde antes do fim da paralisação do Governo por efeito do bloqueio orçamental. A paralisação do Governo, a mais longa da história, permanece em vigor por, pelo menos, mais 48 horas e, até agora, por exemplo, causou milhares de cancelamentos de voos, afetou diretamente 1,3 milhões de trabalhadores federais, bem como suependeu o pagamento do Programa de Assistência Nutricional Suplementar (SNAP), que beneficia 42 milhões de norte-americanos.
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