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Salvini acusa França de recusar 48 mil imigrantes na fronteira italiana

30 de agosto de 2018 às 10:53

Organizações humanitárias têm denunciado em várias ocasiões as "múltiplas violações de direitos" que sofrem os imigrantes na fronteira de Ventimiglia, em Itália, ao serem recusados pelas autoridades francesas.

O ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, acusou o presidente francês, Emmanuel Macron, de querer dar lições de solidariedade a Itália e assegurou que França recusou 48 mil imigrantes, desde 2017, na fronteira italo-francesa.

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Foto: Reuters
Foto: PIERO CRUCIATTI/AFP/Getty Images
Aquarius - migrantes - refugiados - imagens a bordo
Foto: Reuters
Aquarius - migrantes - refugiados - imagens a bordo
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Aquarius - migrantes - refugiados - imagens a bordo
Foto: Reuters

"Desde o início de 2017 até hoje, a França do bom Macron recusou mais de 48.000 imigrantes na fronteira com Itália, incluindo mulheres e crianças", criticou Salvini nas redes sociais esta quinta-feira.

O político italiano acrescentou: "É esta a Europa solidária e que acolhe de que fala Macron e os benfeitores? Antes de dar lições aos outros, convidaria o hipócrita presidente francês a reabrir as suas fronteiras e acolher os milhares de refugiados que prometeu receber".

Da inizio 2017 ad oggi la Francia del "bravo Macron" ha respinto più di 48.000 immigrati alle frontiere con l’Italia, comprese donne e bambini.
Sarebbe questa l’Europa "accogliente e solidale" di cui parlano Macron e i buonisti? pic.twitter.com/JxRhB14m3j

Segundo um documento enviado por fontes do ministério do Interior, desde o início do ano foram recusados na fronteira 6.561 imigrantes com documentos de residência válidos em Itália e outros 10.915 estrangeiros sem documentos.

Organizações humanitárias têm denunciado em várias ocasiões as "múltiplas violações de direitos" que sofrem os imigrantes na fronteira de Ventimiglia, em Itália, ao serem recusados pelas autoridades francesas.

Macron respondeu na quarta-feira ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, e a Salvini, que se reuniram em Milão, que "têm razão" ao considerá-lo o seu "principal opositor" na Europa, em matéria de migração.

"Neste momento, na União Europeia, há dois blocos, um liderado por Macron (…), que é o chefe dos partidos que apoiam a imigração, e do outro lado estamos nós, que queremos travar a imigração ilegal. Esta é a situação actual", disse Orban numa conferência de imprensa conjunta realizada após o encontro.

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