Reino Unido vai financiar centro de detenção de migrantes em França
Rishi Sunak referiu que a cooperação entre os dois países é essencial: "Trabalhando em conjunto, o Reino Unido e a França vão garantir que ninguém possa explorar os nossos sistemas impunemente".
A Grã-Bretanha vai ajudar a financiar um centro de detenção de migrantes no norte da França como uma das medidas do pacote de 500 milhões de libras para impedir os refugiados de tentarem cruzar o Canal da Mancha.
O projeto foi anunciado em Paris, após uma reunião entre Rishi Sunak e Emmanuel Macron em que ambos concordaram em financiar o aumento de patrulhas de segurança nas fronteiras francesas com 500 novos oficiais e novos drones. Outra das metas apresentadas é aumentar a intercetações de pequenas embarcações que tentam fazer a perigosa travessia pelo Canal da Mancha para diminuir drasticamente o número de viagens.
Rishi Sunak referiu que a cooperação entre os dois países é essencial: "Trabalhando em conjunto, o Reino Unido e a França vão garantir que ninguém possa explorar os nossos sistemas impunemente".
O Reino Unido deverá contribuir com 141 milhões de euros este ano, 191 milhões no próximo ano e 209 milhões em 2025 para o financiamento do campo de detenção em Dunquerque e para duplicar o número de polícias presentes na fronteira francesa.
A reunião entre Rishi Sunak e Emmanuel Macron ocorreu na mesma semana em que o governante britânico apresentou novas medidas para a contenção do número de migrantes, que incluem prender e deportar todos os que chegam ao Reino Unido em pequenos barcos, e pelas quais está a ser muito criticado.
O primeiro-ministro britânico afirma que estas detenções são legais segundo as leis internacionais e que têm como objetivo "quebrar os modelos de negócios dos gangues". Já os ativistas pelos direitos humanos consideram-nas desumanas e impraticáveis, o ACNUR, agência de refugiados da ONU, já acusou o Reino Unido de pretender "extinguir o direito de busca de proteção".
Os críticos aos planos de Sunak defendem que é necessário desenvolver rotas seguras e legais a que os refugiados possam recorrer para chegar ao Reino Unido em vez de deter e deportar os migrantes.
O líder conservador que tomou posse em outubro de 2022 defende que o problema da migração não precisa de ser "administrado", mas sim "encerrado", defendendo ainda: "Hoje fomos mais longe do que nunca para acabar com o comércio nojento da vida humana".
Nos últimos anos, o Reino Unido e a França já desenvolveram vários acordos para tentar limitar as viagens de migrantes e requerentes de asilo. No entanto, têm chegado cada vez mais migrantes ao território britânico.
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