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Porta-aviões mais avançado dos EUA chega às Caraíbas em plena escalada de tensão com Venezuela

Lusa 16 de novembro de 2025 às 19:38

USS Gerald Ford, o porta-aviões mais avançado da marinha dos Estados Unidos, transporta nomeadamente quatro esquadrilhas de aviões de combate e é acompanhado por três cruzadores lança-mísseis.

Os Estados Unidos anunciaram este domingo a chegada ao mar das Caraíbas do seu porta-aviões USS Gerald Ford, oficialmente no âmbito de operações de combate ao narcotráfico, mas que ocorre em plena escalada das tensões com a Venezuela.
O porta-aviões norte-americano 'USS Gerald Ford' U.S. Navy/Getty Images
O USS Gerald Ford, o porta-aviões mais avançado da marinha dos Estados Unidos, transporta nomeadamente quatro esquadrilhas de aviões de combate e é acompanhado por três cruzadores lança-mísseis, estando agora sob o comando norte-americano para a América Latina e Caraíbas, o Southcom. O grupo aeronaval "irá unir as suas forças às já presentes no mar das Caraíbas", incluindo um grupo anfíbio e uma unidade embarcada de Fuzileiros Navais, detalhou o Southcom em comunicado. Desde agosto, Washington mantém uma importante presença militar nas Caraíbas, com destaque para meia dúzia de navios de guerra, oficialmente para combater o tráfico de droga com destino aos Estados Unidos. Nas últimas semanas, os Estados Unidos realizaram cerca de 20 ataques aéreos nas Caraíbas e no Pacífico contra embarcações que acusam – sem apresentar provas – de transportar droga, causando um total de 76 vítimas. A Venezuela acusa Washington de usar o pretexto do narcotráfico "para impor uma mudança de regime" em Caracas e apoderar-se do seu petróleo. Donald Trump, que autorizou operações secretas da CIA na Venezuela, deu indicações contraditórias sobre a sua estratégia, mencionando em alguns momentos ataques no solo venezuelano e alertando sobre dias contados para o Presidente Nicolás Maduro, mas também afastando a ideia de uma guerra. Face às declarações de Washington, na terça-feira o exército venezuelano anunciou um destacamento "massivo" em todo o país, contra o "imperialismo" americano. O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, negou na terça-feira alegações de que a Venezuela tenha solicitado assistência militar a Moscovo após a escalada das tensões com os Estados Unidos, mas os dois países assinaram um Acordo de Parceria e Cooperação Estratégica, que entrou em vigor na quarta-feira, depois de o parlamento russo ter instado a comunidade internacional a condenar as “ações provocatórias dos Estados Unidos” contra a Venezuela.
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