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Pelo menos 16 ficheiros relacionados com Jeffrey Epstein desapareceram do ‘site’ do Departamento de Justiça dos EUA

Gabriela Ângelo 21 de dezembro de 2025 às 09:32

Muitos dos documentos foram censurados ou careciam de contexto. Imagens e informações foram ocultadas de forma a proteger as vítimas, segundo o Departamento de Justiça, que credita o atraso da publicação dos ficheiros a esta razão.

Pelo menos 16 ficheiros dos documentos relacionados com Jeffrey Epstein desapareceram do ‘site’ do Departamento de Justiça dos Estados Unidos menos de um dia depois de terem sido publicados. Entre os ficheiros desaparecidos está uma fotografia de Donald Trump. 
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Desaparecimento de ficheiros ligados a Jeffrey Epstein do site do Departamento de Justiça dos EUA
Foto: AP
Desapareceram ficheiros sobre Jeffrey Epstein do Departamento de Justiça dos EUA
Foto: AP
Os documentos que foram publicados esta sexta-feira e no sábado já não estavam disponíveis, segundo a agência norte-americana Associated Press, incluíam imagens de pinturas a retratar mulheres nuas e uma série de fotografias dentro de gavetas. Numa dessas imagens é possível observar o presidente dos EUA ao lado de Epstein, a sua mulher Melania Trump e Ghislaine Maxwell. O Departamento de Justiça não informou o porquê dos ficheiros terem sido removidos.  Na internet, o desaparecimento dos ficheiros alimentou especulações sobre o conteúdo que foi removido. Os democratas da Comissão da Câmara para Supervisão apontaram para a imagem desaparecida onde aparece Trump através de uma publicação na rede social X, questionando os ficheiros que estarão a “ser ocultados”. “Precisamos de transparência para o público americano”, acrescentam.  Este episódio aprofundou algumas preocupações que já tinham surgido com a publicação dos docuemntos. Nomeadamente que as dezenas de milhares de ficheiros tornados públicos iriam oferecer pouca informação sobre os crimes cometidos por Epstein, as decisões do Ministério Público norte-americano que permitiram que Epstein evitasse acusações federais durante anos e a omissão de provas como entrevistas do FBI com vítimas e notas do Departamento de Justiça sobre acusações.  As imagens divulgadas recentemente têm sido apenas referentes às suas casas em Nova Iorque e nas Ilhas Virgens Americanas, incluindo fotografias de celebridades e políticos como Bill Clinton. Ele e Donald Trump têm sido ligados ao alegado predador sexual, mas ambos negam tal amizade.  Ainda, muitos dos documentos foram censurados ou careciam de contexto. Imagens e informações foram ocultadas de forma a proteger as vítimas, segundo o Departamento de Justiça, que credita o atraso da publicação dos ficheiros a esta razão. 
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