"O destino do Donbass está a ser decidido agora"
Volodymyr Zelensky diz que esta batalha está a ser "das mais difíceis ao longo da guerra". Na cidade de Sloviansk a maioria das pessoas fugiu mas as autoridades dizem que no local estão ainda cerca de 24 mil cidadãos.
O epicentro da guerra na Ucrânia situa-se agora em Sievierodonetsk. As tropas russas conseguiram levar a cabo mais um ataque que Volodymyr Zelensky classificou como "brutal". Para o Presidente da Ucrânia, o destino do Donbass está a ser definido neste momento.
"O inimigo disparou contra as nossas unidades com morteiros, artilharia e vários lançadores de foguetes" avançaram as autoridades ucranianas esta quarta-feira.
Depois de terem falhado na tentativa de assumir o controlo da capital, Kiev, os russos estão agora determinados a "libertar" por completo Donbass, a região que desde 2014 era controlada por separatistas.
"Esta é uma batalha muito brutal, muito dura, talvez das mais difíceis ao longo desta guerra" disse Zelenskiy através de um comunicado feito por vídeo.
A cidade na província de Luhansk tornou-se num autêntico deserto nas últimas semanas onde o cenário é de completa destruição. Serhiy Gaidai, presidente da câmara, avançou que uma fábrica de produtos químicos foi bombardeada e que nas últimas horas morreram pelo menos quatro civis, algo que a Rússia continua a negar.
As autoridades avançaram também que o país liderado por Putin já controla 98% de Luhansk, mas a cidade de Lysychansk continua na mão dos ucranianos.
"Como já vimos na batalha por Kiev sabemos que podemos perder temporariamente. Claro que estamos a tentar que isso não aconteça porque já sabemos o que se passa quando os russos controlam os nossos territórios, mas vamos recuperá-los" afirmou Oksana Markarova, embaixador de Kiev, em entrevista à CNN.
Em Sloviansk, uma das principais cidades do Donbass, mulheres e crianças fazem filas para receber apoios enquanto outros moradores carregam baldes de água pela cidade. A maioria das pessoas fugiu mas as autoridades dizem que no local estarão ainda cerca de 24 mil cidadãos.
"Somos bombardeados dia e noite. Ficamos quase o tempo todo no abrigo, mas como o nosso apartamento fica perto corremos para casa durante o dia, mas à noite ficamos aqui", explicou um morador à Reuters.
Edições do Dia
Boas leituras!