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"O destino do Donbass está a ser decidido agora"

09 de junho de 2022 às 07:46

Volodymyr Zelensky diz que esta batalha está a ser "das mais difíceis ao longo da guerra". Na cidade de Sloviansk a maioria das pessoas fugiu mas as autoridades dizem que no local estão ainda cerca de 24 mil cidadãos.

O epicentro da guerra na Ucrânia situa-se agora em Sievierodonetsk. As tropas russas conseguiram levar a cabo mais um ataque que Volodymyr Zelensky classificou como "brutal". Para o Presidente da Ucrânia, o destino do Donbass está a ser definido neste momento.

"O inimigo disparou contra as nossas unidades com morteiros, artilharia e vários lançadores de foguetes" avançaram as autoridades ucranianas esta quarta-feira.

Depois de terem falhado na tentativa de assumir o controlo da capital, Kiev, os russos estão agora determinados a "libertar" por completo Donbass, a região que desde 2014 era controlada por separatistas.

"Esta é uma batalha muito brutal, muito dura, talvez das mais difíceis ao longo desta guerra" disse Zelenskiy através de um comunicado feito por vídeo.

A cidade na província de Luhansk tornou-se num autêntico deserto nas últimas semanas onde o cenário é de completa destruição. Serhiy Gaidai, presidente da câmara, avançou que uma fábrica de produtos químicos foi bombardeada e que nas últimas horas morreram pelo menos quatro civis, algo que a Rússia continua a negar.

As autoridades avançaram também que o país liderado por Putin já controla 98% de Luhansk, mas a cidade de Lysychansk continua na mão dos ucranianos.

"Como já vimos na batalha por Kiev sabemos que podemos perder temporariamente. Claro que estamos a tentar que isso não aconteça porque já sabemos o que se passa quando os russos controlam os nossos territórios, mas vamos recuperá-los" afirmou Oksana Markarova, embaixador de Kiev, em entrevista à CNN.

Em Sloviansk, uma das principais cidades do Donbass, mulheres e crianças fazem filas para receber apoios enquanto outros moradores carregam baldes de água pela cidade. A maioria das pessoas fugiu mas as autoridades dizem que no local estarão ainda cerca de 24 mil cidadãos.

"Somos bombardeados dia e noite. Ficamos quase o tempo todo no abrigo, mas como o nosso apartamento fica perto corremos para casa durante o dia, mas à noite ficamos aqui", explicou um morador à Reuters.

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