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Número de vítimas civis no Iémen caiu para metade desde início da trégua

Lusa 11 de maio de 2022 às 12:37

Em abril foram registadas 95 vítimas entre a população do iémen, menos de metade das registadas em março, revela o Conselho Norueguês de Refugiados.

O número de civis mortos ou feridos no Iémen caiu para metade na sequência da adoção de uma trégua da guerra no país, no início de abril, anunciou hoje o Conselho Norueguês de Refugiados.

Reuters

A organização humanitária registou, em abril, 95 vítimas entre a população, o que representa menos de metade dos 213 civis mortos ou feridos no mês anterior à cessação das hostilidades negociada pela ONU por um período inicial de dois meses.

A estatística foi avançada pelo Projeto de Monitoração do Impacto Civil da guerra, que registou "evidências claras dos benefícios da trégua", afirmou a diretora do Conselho Norueguês de Refugiados (CNR) para o Iémen, Erin Hutchinson, em comunicado hoje divulgado.

Em abril, acrescentou, "muitas famílias evitaram ter as suas vidas destruídas pela perda de membros da família numa guerra sem sentido".

O conflito no Iémen começou em 2015 e opõe o Governo reconhecido internacionalmente, apoiado por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita, e os rebeldes huthis, apoiados pelo Irão.

Nestes sete anos, a guerra provocou a morte de centenas de milhares de pessoas e levou o país mais pobre do mundo árabe à beira da fome.

A trégua, que entrou em vigor em 2 de abril, resultou numa "descida significativa" do número de pessoas mortas ou feridas por ataques aéreos, bombardeamentos e tiros, sublinhou o CNR.

O número de vítimas de minas e munições não detonadas continua, no entanto, a aumentar, acrescentou a organização não-governamental.

"Pedimos às partes que respeitem os seus compromissos e encontrem uma solução pacífica para este conflito, que já matou e mutilou milhares de pessoas e privou milhões de meios de subsistência", apelou Irin Hutchinson.

"O facto de as pessoas ainda continuarem a ser feridas e mortas por minas e engenhos explosivos mostra a necessidade crucial de estabelecer uma paz duradoura, que permita que esses vestígios da guerra possam ser eliminados", concluiu.

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