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MP australiano opõe-se a recurso de cardeal condenado por pedofilia

09 de outubro de 2019 às 13:37

George Pell, preso desde fevereiro, permanecerá na prisão pelo menos até 2022, quando poderá pedir liberdade condicional, e permanecerá no registo pedófilo a menos que o seu recurso ao Tribunal Superior seja bem-sucedido.

O Ministério Público do Estado australiano de Victoria apresentou um recurso num tribunal superior para se opor ao recurso do cardealGeorge Pell contra a sua sentença de seis de prisão por pedofilia, segundo fontes oficiais.

No documento, o Ministério Público argumenta as razões pelas quais o recurso não deveria ser admitido, segundo afirmaram à agência EFE fontes do Ministério Público e do Supremo Tribunal, a mais alta instância judicial daAustrália.

Os advogados do Cardeal Pell interpuseram um recurso junto do Supremo Tribunal em meados de setembro, o último para anular a sua condenação.

Se o Supremo Tribunal o admitir, a defesa do ex-número três doVaticano, o mais alto chefe da Igreja Católica condenado por pedofilia, terá de apresentar um recurso formal para um processo que pode demorar cerca de seis meses.

Esta é a última possibilidade de o cardeal de 78 anos ver a sua condenação anulada numa complexa batalha jurídica que tem recebido atenção mundial.

Pell foi condenado em março a seis anos de prisão por cinco crimes de abuso sexual de crianças, incluindo um cometido contra dois rapazes do Coro da Catedral de St. Patrick, em Melbourne, em 1996 e 1997.

No passado dia 21 de agosto, o Supremo Tribunal do Estado de Vitória, com sede em Melbourne, recusou o primeiro recurso de Pell contra a sentença, rejeitando os argumentos apresentados pelos advogados do cardeal que questionaram a veracidade do testemunho da vítima e a possibilidade de o júri poder ter emitido um veredicto sem qualquer dúvida razoável.

George Pell, antigo n.º 3 do Vaticano, é culpado de abuso sexual de menores

George Pell, cardeal australiano que até dezembro esteve em terceiro lugar na hierarquia do Vaticano, foi considerado culpado de cinco crimes de abuso sexual de menores por um júri do tribunal de Melbourne. A decisão tinha já sido noticiada pela imprensa internacional, em dezembro do ano passado, mas só esta segunda-feira foi confirmada pela justiça australiana - após o levantamento de uma ordem de suspensão do caso.

George Pell, cardeal australiano que até dezembro esteve em terceiro lugar na hierarquia do Vaticano, foi considerado culpado de cinco crimes de abuso sexual de menores por um júri do tribunal de Melbourne. A decisão tinha já sido noticiada pela imprensa internacional, em dezembro do ano passado, mas só esta segunda-feira foi confirmada pela justiça australiana - após o levantamento de uma ordem de suspensão do caso.


Pell, preso desde fevereiro, permanecerá na prisão pelo menos até 2022, quando poderá pedir liberdade condicional, e permanecerá no registo pedófilo a menos que o seu recurso ao Tribunal Superior seja bem-sucedido.

As acusações depedofiliacontra Pell vieram à luz em 2015, quando uma das vítimas relatou à Polícia de Victoria que ela havia sido abusada sexualmente duas vezes pelo prelado, pouco depois de ter sido nomeado arcebispo de Melbourne em 1996.

O cardeal nasceu em Ballarat, no estado australiano de Victoria, e foi também arcebispo de Sydney antes de ser nomeado prefeito da Secretaria de Finanças da Santa Sé em 2014, o cargo mais alto depois do Papa e do secretário de Estado do Vaticano.

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