Menina de sete anos morre durante bombardeamentos em Okhtyrka, Ucrânia
Vídeo revela destruição causada pelos bombardeamentos sobre a pequena cidade, onde também já foi atingido um infantário.
A pequena cidade ucraniana de Okhtyrka voltou a ser alvo de grandes bombardeamentos da Rússia esta noite. Num vídeo divulgado pela agência Reuters, é possível ver a destruição num bairro residencial. Pelo menos quatro pessoas morreram num ataque contra um edifício, de acordo com a informação prestada pelos serviços de emergência. O governador da região de Sumy, Dmitry Zhivitsky, relatou que pelo menos seis pessoas, incluindo uma menina de sete anos, morreram durante os bombardeamentos.
Na cidade, vivem cerca de 47 mil pessoas. Fica a cerca de 50 quilómetros da fronteira russa e a 111 quilómetros de Kharkiv, onde os russos entraram durante a manhã de domingo.
Segundo o jornal Kyiv Independent, as tropas russas atingiram um autocarro com civis em Okhtyrka. Ainda não se sabe quantas pessoas morreram e as tropas não estão a deixar que as ambulâncias se aproximem, relata a mesma fonte.
Foi na região de Okhtyrka que dois jornalistas dinamarqueses foram baleados: encontram-se bem e a receber tratamento hospitalar.
A 25 de fevereiro, o governo ucraniano denunciou que um orfanato e infantário tinha sido atingido pelos russos, o que levou o ministro dos Negócios Estrangeiros a pedir uma investigação com vista a punir a Rússia por crimes de guerra.
A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 200 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.
O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.
O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.
Com Lusa
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