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Kofi Annan quer EUA e Rússia com "programa comum" pela paz

08 de abril de 2017 às 14:10

"Todos os protagonistas devem chegar à conclusão - já deviam tê-lo feito há muito - de que não haverá vencedor e só haverá destruição"

Enquanto Estados Unidos e Rússia não definirem um plano conjunto, não haverá paz na Síria, defendeu hoje o antigo secretário-geral das Nações Unidas, Kofi Annan. "É necessário que trabalhem juntos com outros países para resolver o conflito na Síria. Enquanto estiverem em confronto, não vamos fazer progressos", disse no fórum "Fim de Semana da Governação Ibrahim", em Marraquexe (Marrocos).

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Foto: ABD DOUMANY/Getty Images
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"Todos os protagonistas devem chegar à conclusão - já deviam tê-lo feito há muito - de que não haverá vencedor e só haverá destruição", disse Kofi Annan, reconhecendo que quem 2012 também ele tentou, sem sucesso, mediar o conflito. "Tive pena, porque lamento pelos sírios. O mediador não pode querer mais a paz do que os protagonistas, mais do que o Conselho de Segurança que lhe deu o trabalho". E é para o Conselho de Segurança que o antigo líder da ONU aponta as maiores responsabilidades. "Não conseguiram chegar a um verdadeiro acordo sobre a Síria. Os países membros devem olhar para o Conselho de Segurança como um comité executivo do mecanismo de defesa coletivo, mas ao longo dos anos acabaram por defender os interesses dos seus países", disse.

O ataque

Os Estados Unidos lançaram na sexta-feira um ataque na Síria com 59 mísseis de cruzeiro contra a base aérea de Shayrat, de onde terão partido os aviões envolvidos no ataque com armas químicas que na terça-feira matou pelo menos 86 pessoas em Khan Sheikhun, no noroeste do país.

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O bombardeamento de terça-feira foi assumido pelas autoridades sírias que, no entanto, negaram ter usado armas químicas.

Na versão do regime de Bashar al-Assad, o ataque atingiu um depósito de armas químicas da Frente Al-Nosra, contrabandeadas para a província de Idleb a partir da fronteira com o Iraque e a Turquia, e que foram escondidas em zonas residenciais da zona.

Em resposta ao ataque, a Rússia anunciou o reforço das defesas antiaéreas da base e pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

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