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Justiça aplica pulseira eletrónica a apoiantes de Bolsonaro por atos antidemocráticos

25 de junho de 2020 às 09:01

Cinco investigados, membros do grupo de extrema-direita conhecido por "300 do Brasil", foram proibidos de manter contacto entre si e com outras pessoas envolvidas na investigação.

Um juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro determinou na quarta-feira a substituição da prisão temporária por pulseira eletrónica e outras medidas cautelares a cinco apoiantes do Presidente Jair Bolsonaro, detidos por alegada organização de atos antidemocráticos.

Além da pulseira eletrónica, o juiz Alexandre de Moraes proibiu os cinco investigados, membros do grupo de extrema-direita conhecido por "300 do Brasil", de manter contacto entre si e com outras pessoas envolvidas na investigação.

OS cinco acusados estão autorizados a deslocar-se unicamente entre as suas residências e os locais de trabalho ou estudo, desde que estejam a mais de um quilómetro das instalações do STF, do Congresso Nacional e das residências ou locais de trabalho das pessoas com as quais estão impedidas de se comunicar.

Em caso de necessidade de deslocação para locais diversos, será necessária uma autorização judicial.

Na semana passada, esse grupo de extrema-direita, que defende o Governo brasileiro, foi alvo de buscas e de mandados de prisão por suspeitas de ameaçar juízes do STF, de atirar fogo de artifício contra as instalações do tribunal e de promover atos antidemocráticos.

Entre os detidos estava Sara Winter, chefe do grupo 300 do Brasil e uma fiel apoiante de Jair Bolsonaro. Winter liderava um acampamento em Brasília que pedia o encerramento do Congresso, do Supremo e uma intervenção militar no país.

A prisão temporária foi determinada por Moraes, num inquérito aberto a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).

O Supremo Tribunal Federal brasileiro investiga a organização de protestos antidemocráticos e respetivo financiamento.

Entre os investigados estão também aliados do Presidente do Brasil, como parlamentares, empresários e 'bloggers'.

A mais alta instância do poder judicial brasileiro analisa ainda a divulgação de notícias falsas e ameaças a juízes por apoiantes de Bolsonaro.

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