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Juan Guaidó denuncia desaparecimento de tio

12 de fevereiro de 2020 às 08:48

O líder da oposição venezuelana disse que o tio Juan José Márquez desapareceu após de ter sido intercetado pelas autoridades aduaneiras.

O líder da oposição venezuelana Juan Guaidó disse que o tio Juan José Márquez desapareceu na terça-feira, depois de ter sido intercetado pelas autoridades aduaneiras, na chegada a Caracas.

O Centro Nacional de Comunicação (CNC) de Guaidó denunciou, na rede social Twitter, "o desaparecimento de Juan José Márquez", tio de Juan Guaidó, que acompanhava o opositor "no momento da chegada à Venezuela".

"Exigimos a sua libertação", acrescentou a equipa de Guaidó.

O CNC explicou que Juan José Márquez acompanhou Guaidó no regresso à Venezuela após 23 dias de uma deslocação internacional.

"Depois de passar pela migração normalmente e estar prestes a sair, Márquez foi detido por uma suposta revisão do Seniat [Serviço Nacional Integrado de Alfândega e Administração Tributária]", de acordo com a mesma mensagem.

"Aproveitando o caos no aeroporto causado pela violência da ditadura, eles mantiveram Márquez", indicou. O CNC afirmou não ter mais notícias sobre o paradeiro de Juan José Márquez.

O presidente do parlamento da Venezuela, o opositor Juan Guaidó, chegou na terça-feira à Venezuela, tendo sido agredido por simpatizantes do regime venezuelano.

Juan Guaidó chegou ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía, a 25 quilómetros a norte de Caracas, às 17:00 (21:00 em Lisboa), a bordo de um voo da transportadora TAP. À chegada simpatizantes do regime agrediram-no na cara e rasgaram-lhe a camisa, perante a indiferença de agentes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar).

Guaidó, que chegou a Caracas proveniente de uma deslocação iniciada em 19 de janeiro na Colômbia, visitou Reino Unido, Suíça, Espanha, Canadá, França e Estados Unidos, para manter encontros com diferentes governantes, incluindo com o Presidente norte-americano Donald Trump.

A crise venezuelana agravou-se desde janeiro de 2019, quando Guaidó se autoproclamou presidente interino da Venezuela para convocar um governo de transição e eleições livres no país.

Os EUA foram o primeiro de mais de 50 países a apoiar Juan Guaidó, tal como Portugal, uma posição tomada no âmbito da UE.

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