Secções
Entrar

Japão assinala 10.º aniversário da catástrofe de março de 2011

Lusa 11 de março de 2021 às 08:49

O sismo de magnitude 9 originou um gigantesco tsunami, que varreu a costa do nordeste japonês, que matou cerca de 18.500 pessoas. As ondas invadiram também a central de Fukushima, originando o maior desastre nuclear desde Chernobyl.

O Japão assinala hoje o décimo aniversário da tripla catástrofe de 11 de março de 2011 - sismo, tsunami e acidente nuclear -, que traumatizou todo o país.

Japão - Fukushima 10.º aniversário Reuters

O elevado número de mortos ou desaparecidos, 18.500 pessoas, foi causado principalmente pelo gigantesco tsunami, que varreu a costa do nordeste japonês, pouco depois do sismo de magnitude 9, na escala de Richter.

As ondas invadiram também a central de Fukushima Daiichi, onde os núcleos de três dos seis reatores entraram em fusão e deixaram inabitáveis várias cidades durante anos, devido às radiações. Dezenas de milhares de residentes foram obrigados a sair das suas casas, depois de criada uma zona de exclusão.

Este foi o pior acidente nuclear desde Chernobyl, na Ucrânia, em 1986.

Numerosas cerimónias públicas e privadas estão previstas na prefeitura de Fukushima, bem como em Tóquio, e um minuto de silêncio vai ser observado às 14:46 (05:46 em Lisboa), hora do sismo de Tohoku (nordeste) de 2011, um dos mais violentos a ser registado no mundo.

Em Miyagi, uma das três prefeituras do nordeste japonês, na ilha de Honshu, mais atingidas pela catástrofe, operações de busca vão ser organizadas pelos habitantes, que esperam ainda encontrar os restos mortais de um ente querido.

As hipóteses parecem diminutas, mas os restos de uma mulher, arrastada pelas gigantescas ondas de há dez anos, foram identificados na passada semana.

Em 13 de fevereiro, um sismo de magnitude 7,3 lembrou o risco sísmico permanente ao largo do Japão. Mais de uma centena de pessoas ficaram feridas nesta ocorrência, considerada uma longínqua réplica do sismo de 2011.

Hoje, em Tóquio, ainda sob estado de emergência devido à pandemia da covid-19, cerimónias restritas vão decorrer no teatro nacional do Japão, com discursos previstos do imperador Naruhito e do primeiro-ministro, Yoshihide Suga.

A pandemia vai marcar presença também em outras cerimónias, como em Taro (região de Miyagi), onde os residentes têm por hábito concentrar-se para rezar no alto da proteção antitsunami, de mãos dadas. Este ano, vão respeitar o distanciamento físico, imposto pela covid-19.

Estas cerimónias realizam-se duas semanas antes da partida prevista, em Fukushima, da chama olímpica no percurso para Tóquio2020, que a organização vê como os Jogos Olímpicos "da reconstrução".

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela