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Israel rejeita missão de inquérito a Gaza e acusa ONU de “hipocrisia e absurdo”

18 de maio de 2018 às 22:30

Telavive considera que o objectivo da missão é "violar o direito de Israel à defesa legítima e diabolizar o Estado hebraico".

Israel qualificou de uma "hipocrisia" e um "absurdo" a resolução aprovada no Conselho de Direitos Humanos da ONU para o envio de uma missão de inquérito à violência das últimas semanas na Faixa de Gaza.

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Foto: SAID KHATIB/AFP/Getty Images
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Foto: EPA/MOHAMMED SABER
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Foto: REUTERS/Amir Cohen

"Israel rejeita completamente a decisão do Conselho de Direitos Humanos, que prova mais uma vez que se trata de um órgão de maioria automática anti-israelita dominado pela hipocrisia e o absurdo", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita num comunicado emitido esta sexta-feira.

As conclusões dessa missão, considerou, são "conhecidas antecipadamente e ditadas pela própria resolução".

"É claro para todos que o objectivo do Conselho não é investigar a verdade, mas violar o direito de Israel à defesa legítima e diabolizar o Estado hebraico", acrescentou.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou esta sexta-feira uma resolução que prevê o envio para a Faixa de Gaza de uma equipa de peritos em crimes de guerra que vai investigar os acontecimentos das últimas semanas.

A resolução foi aprovada com 29 votos favoráveis e 14 abstenções. Apenas dois membros do Conselho, os Estados Unidos e a Austrália, votaram contra.

O texto pede "o envio urgente de uma comissão internacional independente" para investigar a violência "no contexto dos assaltos militares durante as grandes manifestações que começaram a 30 de Março de 2018".

A resolução condena "o uso desproporcionado e indiscriminado da força pelas forças de ocupação israelitas contra civis palestinianos".

Pelo menos 60 palestinianos morreram e 2.711 ficaram feridos em confrontos com o exército israelita na segunda-feira, o dia mais sangrento desde a guerra do verão de 2014 em Gaza.

Os protestos inserem-se no movimento de contestação designado "marcha de retorno", iniciado a 30 de Março, e ocorreram no mesmo dia em que foi inaugurada a embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém.

Ao todo, mais de 100 palestinianos foram mortos desde o início da "marcha de retorno", pelo direito dos refugiados a regressarem às terras de onde foram expulsos ou fugiram após a criação do Estado de Israel, em 1948.

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