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Investigação à morte de português em Manchester leva cinco agentes à procuradoria

20 de agosto de 2019 às 18:35

André Moura, de 30 anos, morreu enquanto se encontrava sob custódia policial.

Cinco agentes da Polícia da GrandeManchesterforam indicados pela Agência Independente para a Conduta da Polícia (IOPC) junto dos serviços oficiais da procuradoria britânica pela morte de um português, em 2018, enquanto se encontrava sob custódia policial.

"Os cinco agentes, todos eles polícias, estavam entre aqueles que se deslocaram ao local da detenção do senhor Moura, antes da sua morte na madrugada de sábado, 07 de julho de 2018. Um dos agentes foi encaminhado por agressão e danos corporais reais e má conduta em local público, e os outros quatro por má conduta em local público", lê-se num comunicado hoje divulgado pela IOPC.

André Moura, de 30 anos, foi detido na noite de 06 de julho em Oldham, onde a polícia foi chamada perto das 23h30 horas devido a um "incidente doméstico".

Após a detenção, André Moura foi levado numa carrinha da polícia para o posto de Ashton-under-Lyne, onde foi encontrado inconsciente.

Uma ambulância levou o português para o Hospital Tameside, onde foi confirmado que morreu por volta das 01h30 horas de sábado, 7 de julho.

Durante a investigação, a IOPC recolheu e analisou imagens de videovigilância, filmagens feitas pelas câmaras usadas pelos agentes e vídeos feitos por cidadãos com telemóveis, além de ter interrogado vizinhos e testemunhas independentes, assim como os dez agentes que, em setembro de 2018, tinham sido notificados.

"O nosso relatório de investigação foi partilhado com a Polícia da Grande Manchester para sua consideração quanto às nossas recomendações em relação à conduta dos seus agentes", acrescentou a agência, que admite publicar as suas conclusões depois de terminar todos os potenciais procedimentos de medicina legal, criminais e de conduta.

A diretora regional do IPOC, Amanda Rowe, afirmou que a investigação foi concluída "muito recentemente" e que "as ações dos cinco agentes devem ser remetidas" para a procuradoria britânica.

"Este é um caso muito sério e sensível que envolve um grande número de agentes, uma elevada quantidade de provas que requerem investigações rigorosas. A complexidade da investigação significou que também precisamos do apoio de dois especialistas", acrescentou a responsável, considerando que estes fatores prolongaram a investigação.

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