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Guaidó afirma que presença de militares russos na Venezuela viola a Constituição

26 de março de 2019 às 22:21

Presidente interino diz que a presença tinha que ser autorizada pelo parlamento venezuelano, o único poder público controlado pela oposição no país.

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, disse esta terça-feira que a presença de quase uma centena de militares russos no país "viola a Constituição".

"Parece que [no governo, do presidente Nicolás Maduro], não confiam nos seus militares, porque estão a importá-los, violando a Constituição novamente", disse.

Juan Guaidó falava em Caracas, durante uma sessão parlamentar convocada para analisar a chegada, no fim de semana, de dois aviões russos à Venezuela e um grupo de 99 militares da Rússia, e o pagão que desde segunda-feira afeta o país.

"Esses aviões não trouxeram geradores, nem técnicos para intervir (na barragem de) El Guri, nem geradores para substituir os danificados, trouxeram militares estrangeiros para solo venezuelano, esquecendo a crise que temos na Venezuela", disse.

Guaidó frisou que o Governo venezuelano "não tem como solucionar" a crise elétrica "que criou" no país, e que inventa motivos, recomendando à população que compre velas e lanternas, perante uma falha técnica provocada pelo "mau funcionamento e a corrupção" no sistema elétrico venezuelano.

Segundo Juan Guaidó a presença de militares russos no país deveria ser autorizada pelo parlamento venezuelano, o único poder público controlado pela oposição no país.

Entretanto, através de um comunicado a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiro de Rússia, Maria Zajarova, explicou que o envio de tropas militares russas para Caracas faz parte de um acordo de cooperação técnico-militar assinado entre a Venezuela e a Rússia em 2011, o que dispensa "aprovação adicional".

"A presença de especialistas russos em território da Venezuela está regulada pelo Acordo de Cooperação Técnico-Militar assinado em maio de 2011, pelo Governos da Rússia e da Venezuela, e que foi ratificado, em seu momento, por ambos países", explica o documento divulgado pela imprensa venezuelana e agências de notícias internacionais.

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