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Grupo Wagner reivindica Bakhmut. Ucrânia nega

Débora Calheiros Lourenço 03 de abril de 2023 às 08:15

"Esta é a força militar privada Wagner, esses são os homens que tomaram Bakhmut. Legalmente, é nossa", avançou o líder do grupo Wagner no seu canal de Telegram.

O líder do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgeny Prigozhin, reivindicou a tomada de possa de Bakhmut, no leste da Ucrânia, depois de, alegadamente, o prédio administrativo da cidade ter ficado sob controlo russo.

Mechanized Brigade "Kholodny Yar" via REUTERS

"Do ponto de vista legal, Bakhmut foi tomada. O inimigo está concentrado nas áreas ocidentais", afirmou Yevgeny Prigozhin no seu canal do Telegram. A publicação é acompanhada por um vídeo onde é possível ver um soldado, possivelmente o próprio Yevgeny Prigozhin, a hastear a bandeira russa nas traseiras da câmara municipal da cidade.

"Esta é a força militar privada Wagner, esses são os homens que tomaram Bakhmut. Legalmente, é nossa", continuou o líder do grupo que, a 20 de março, já tinha afirmado que os russos controlavam 70% da cidade.


Algumas horas antes as autoridades ucranianas tinham garantido o contrario. "O inimigo continua o seu ataque à cidade de Bakhmut. No entanto, os defensores ucranianos mantêm corajosamente a cidade, repelindo numerosos ataques inimigos", partilhou o estado-maior ucraniano no Facebook.

Já esta segunda-feira os militares ucranianos avançaram que Bakhmut e Avdiivka são os atuais "epicentros das hostilidades".

Bakhmut tem sido palco de grandes batalhas durante os últimos meses, tornando-se o símbolo da luta entre russos e ucraniano pelo controlo da região do Donbass. Nas últimas semanas as tropas russas conseguiram avançar a norte e a sul da cidade, cortando várias rotas de abastecimento.

A cidade, que antes da guerra tinha cerca de 70 mil habitantes, encontra-se praticamente deserta e os aliados ocidentais já defenderam várias vezes que as tropas ucranianas a deveriam abandonar. Ainda assim o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tem se recusado a entregar a cidade.

No habitual discurso diário do presidente ucraniano, Zelenzky referiu no domingo que a situação estava particularmente difícil em Bakhmut, agradecendo aos soldados que defendem esta cidade mas também as de Avdiivka e Maryinka.

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