Secções
Entrar

Trump está a bloquear as mensagens de líderes mundiais para Biden

12 de novembro de 2020 às 07:53

Departamento de Estado da administração Trump recusou-se a entregar as mensagens de dezenas de líderes estrangeiros dirigidas a Biden e à sua equipa de transição. Só alguns países ainda não reconheceram a vitória do democrata, como Brasil, México, Rússia e China.

O Governo de Donald Trump está a bloquear as mensagens que os líderes mundiais estão a enviar ao Presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden.

A cadeia de televisão CNN informou na quarta-feira que o Departamento de Estado se recusa a entregar dezenas de mensagens de líderes estrangeiros dirigidas a Biden e à sua equipa de transição.

Trump continua a não reconhecer a derrota eleitoral e está a tentar na Justiça norte-americana reverter os resultados das presidenciais, realizadas em 03 de novembro.

Funcionários do Departamento de Estado disseram à CNN que as mensagens para Biden começaram a chegar no último fim de semana, quando a sua vitória foi confirmada.

O Departamento de Estado normalmente organiza comunicações com presidentes eleitos, mas a administração Trump negou à sua equipa de transição o acesso às informações e contactos necessários para iniciar essa tarefa.

Biden, no entanto, manteve conversas com líderes mundiais, como a chanceler alemã, Angela Merkel, o Presidente francês, Emmanuel Macron, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ou o seu homólogo irlandês, Micheál Martin.

O primeiro líder estrangeiro que falou com Biden para lhe dar os parabéns pela vitória, na última segunda-feira, foi o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau. Na quarta-feira, falou com os primeiros-ministros do Japão, Yoshihide Suga, da Austrália, Scott Morrison, e com o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

O número de países que ainda não reconheceram Biden vem diminuindo, mas inclui as duas principais potências da América Latina - México e Brasil -, além da Rússia e China.

Biden fez todas essas ligações sem a ajuda do Departamento de Estado, como é comum em outras transições para o Governo dos Estados Unidos.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, lembrou na terça-feira que "os votos ainda estão a ser contados".

A campanha de Trump intentou processos em vários estados, alegando uma fraude eleitoral generalizada, sem provas que substanciem a acusação.

Para ganhar a eleição em tribunal, Trump teria que reverter a votação na Pensilvânia, Geórgia e Nevada ou Arizona, todos eles estados onde Biden já foi declarado vencedor ou lidera claramente a votação.

Os últimos dados apontam que Biden tem 290 delegados no colégio eleitoral, acima dos 270 que garantem a vitória, enquanto Trump tem 217, faltando apurar 42.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela