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Fundador da Huawei diz que EUA "subestimaram a força" do grupo

21 de maio de 2019 às 07:21

EUA suspendeu por três meses sanções à Huawei. O fundador da empresa chinesa afirma que a rede 5G "não será afetada" e que está em negociações com a Google para "tentar encontrar uma resposta".

O fundador da Huawei afirmou esta segunda-feira que os Estados Unidos "subestimaram a força" da gigante chinesa de telecomunicações e prometeu que o desenvolvimento da rede 5G não será afetado pelas recentes medidas de Washington contra o grupo.

"A equipa política americana, pela maneira atual de fazer as coisas, mostra que subestima a nossa força", declarou Ren Zhengfei, numa entrevista à estação estatal chinesa CCTV.

Em contexto de guerra comercial e rivalidade tecnológica entre Pequim e Washington, o Presidente norte-americano, Donald Trump, decidiu na semana passada interditar as exportações de produtos tecnológicos norte-americanos para algumas empresas consideradas "de risco" para a segurança nacional.

O conglomerado Huawei encontrou-se assim na lista negra de Washington.

"A 5G da Huawei não será afetada" prometeu Zhengfei, acrescentando que "nem daqui a dois ou três anos" outras empresas vão conseguir competir com a gigante chinesa no que diz respeito à quinta geração móvel.

Huawei em negociações com a Google

A empresa chinesa está agora em negociações para tentar encontrar uma solução às restrições impostas pela administração norte-americana. "A Google é uma boa empresa e altamente responsável. A Google e a Huawei estão em discussão para tentar encontrar uma resposta", anunciou Ren Zhengfei, num encontro com a imprensa local em Pequim.

Em causa está uma decisão da administração norte-americana, segundo a qual a Google e outras empresas norte-americanas vão deixar de fornecer componentes, produtos e serviços à Huawei.

Na sequência, o gigante norte-americano, cujo sistema Android equipa a grande maioria dos 'smartphones' do mundo, anunciou no domingo que teria de cortar o contacto com a Huawei, na sequência da decisão tomada pelo Presidente Donald Trump na passada terça-feira.

Esta decisão ia resultar na incapacidade do grupo chinês em aceder a certos serviços do Android e a aplicações como o Gmail (correio eletrónico) e o Google Maps.

No entanto, o Governo norte-americano pareceu querer acalmar a tensão com os chineses, ao suspender na segunda-feira por três meses o sancionamento da Huawei, que vai assim poder utilizar componentes e programas informáticos norte-americanos antes da aplicação efetiva das sanções contra o grupo chinês.

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