Secções
Entrar

EUA ponderam enviar navios de guerra para apoiar Ucrânia na fronteira com Rússia

Lusa 09 de abril de 2021 às 10:48

Para combater a crescente presença militar da Rússia na fronteira oriental ucraniana, os Estados Unidos pretendem enviar navios de guerra para avisar Moscovo de que estão a monitorizar de perto os movimentos naquela área.

Os Estados Unidos estão a ponderar o envio de navios de guerra para o Mar Negro para apoiar a Ucrânia face à crescente presença militar da Rússia na fronteira oriental daquele país, disseram hoje fontes militares.

Reuters

Citadas pela estação norte-americana de televisão CNN, as mesmas fontes adiantaram que o envio poderá acontecer já nas próximas semanas.

A Marinha dos Estados Unidos opera rotineiramente naquele mar, mas o envio de navios de guerra serve para avisar Moscovo de que os Estados Unidos estão a monitorizar de perto os movimentos naquela área, referiram.

Segundo a CNN, Washington tem de notificar com 14 dias de antecedência a sua intenção de entrar no Mar Negro com navios, cumprindo um tratado de 1936 que concede à Turquia o controlo do Estreito de entrada na região, mas não se sabe se o objetivo já foi comunicado.

Uma das fontes - um responsável do Departamento de Defesa que não foi identificado - enfatizou que a Marinha continua a enviar aviões de reconhecimento para o espaço aéreo internacional sobre o Mar Negro a fim de vigiar a atividade naval russa e qualquer movimento de tropas na Crimeia.

Na quarta-feira, dois bombardeiros norte-americanos B-1 realizaram missões sobre o Mar Egeu.

Embora os Estados Unidos não considerem que o reforço de forças russas na área implica uma ação ofensiva, o responsável explicou que "se alguma coisa mudar, [os EUA estão] prontos para responder".

Os russos, adiantou, estão a realizar treinos e exercícios e o serviço de informações dos Estados Unidos não tem registo de qualquer ordem militar de Moscovo para ações adicionais, embora isso possa mudar a qualquer momento.

A Administração liderada por Joe Biden e a comunidade internacional têm expressado preocupação pelas crescentes tensões entre a Ucrânia e a Rússia.

Nas últimas semanas, tanto Biden como o secretário de Estado, Antony Blinken, o secretário de Defesa, Lloyd Austin, o chefe do Estado-Maior, Mark Milley, e o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, falaram com os seus homólogos ucranianos sobre a situação.

Na quinta-feira, a secretária de Imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse que as ações da Rússia são "profundamente preocupantes".

Também a chanceler alemã, Angela Merkel, mostrou, na quinta-feira, estar preocupada com a tensão na região e, numa conversa telefónica com o Presidente russo, Vladminir Putin, pediu à Rússia para reduzir a sua presença militar na região da fronteira com a Ucrânia.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Artigos recomendados
As mais lidas
Exclusivo

Operação Influencer. Os segredos escondidos na pen 19

TextoCarlos Rodrigues Lima
FotosCarlos Rodrigues Lima
Portugal

Assim se fez (e desfez) o tribunal mais poderoso do País

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela
Portugal

O estranho caso da escuta, do bruxo Demba e do juiz vingativo

TextoAntónio José Vilela
FotosAntónio José Vilela