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EUA pedem até seis meses de prisão para ex-conselheiro de Trump

07 de janeiro de 2020 às 22:12

Michael Flynn deveria ter sido condenado em dezembro de 2019 por ter mentido ao FBI quanto a conversas que teve com o então embaixador russo nos Estados Unidos.

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos considerou hoje que Michael Flynn, o ex-conselheiro de segurança nacional do Presidente norte-americano, deve ser condenado a seis meses de prisão, apesar de ter colaborado com as autoridades.

A decisão é um recuo na deliberação anterior de que o ex-conselheiro de segurança nacional de Donald Trump não precisaria de cumprir pena de prisão por ter colaborado com os procuradores norte-americanos.

O memorando da sentença é uma repreensão à nova equipa jurídica de Flynn, que tem atacado a investigação do procurador Robert Mueller sobre a alegada interferência da Rússia nas eleições presidenciais que levaram Donald Trump ao poder.

Além disso, os advogados de Flynn têm acusado os procuradores de ocultar informações sobre o processo que, segundo os advogados do ex-conselheiro de segurança nacional de Donald Trump, eram favoráveis aos seus clientes.

Estas alegações foram, contudo, rejeitadas por um juiz em dezembro de 2019.

Os procuradores que inicialmente elogiaram a cooperação de Michael Flynn referiram que o ex-membro do gabinete de Trump "recuou na sua aceitação de responsabilidades" e, por essa razão, "não tem direito a esse crédito, a não ser que desista, clara e credivelmente, dessas declarações".

Por essa razão, o Departamento de Justiça dos EUA pediu ao juiz federal dos Estados Unidos, Emmet Sullivan, que imponha uma sentença de até seis meses de prisão.

A sentença está prevista para 28 de janeiro.

Flynn deveria ter sido condenado em dezembro de 2019 por ter mentido ao Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla inglesa) sobre as conversas que teve com o então embaixador russo nos Estados Unidos, incluindo o pedido de que a Rússia não aumente as tensões com Washington em resposta às sanções impostas pelo ex-Presidente, Barack Obama, por interferência eleitoral.

A audiência foi, contudo, interrompida, a pedido de Flynn, para que pudesse continuar a colaborar com as autoridades norte-americanas.

No momento da admissão de culpa, em dezembro de 2017, Michael Flynn era o elemento da equipa de Donald Trump mais próximo do chefe de Estado norte-americano a concordar em colaborar com os procuradores do Departamento de Justiça.

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