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Espanha quer incentivar os seus emigrantes a regressarem ao país

14 de novembro de 2018 às 17:26

O número de espanhóis no estrangeiro aumentou em mais de 940.000 desde de 2009, quando o desemprego aumentou devido à crise económica.

O Governo socialista espanhol vai criar um programa para incentivar, a partir do início de 2019, o regresso ao país de trabalhadores qualificados que emigraram durante a crise económica de 2008-2013.

"Queremos construir um país para regressar", disse esta quarta-feira em Madrid a secretária de Estado das Migrações, Consuela Rumí, durante a apresentação da Estratégia do Plano de Regresso em que destacou a necessidade de "não olhar para o outro lado, nem fechar os olhos a essa realidade que produziu o êxodo de talentos".

O número de espanhóis no estrangeiro aumentou em mais de 940.000 desde de 2009, quando o desemprego aumentou devido à crise económica.

Consuela Rumí referiu que a maioria dos emigrados eram jovens qualificados -- engenheiros, cientistas, médicos, etc -- que o Governo liderado por Pedro Sánchez pretende agora ajudar a regressar ao país.

O programa previsto começar no início de 2019 consiste principalmente em facilitar o contacto pela Internet entre expatriados e as empresas espanholas que procuram mão-de-obra especializada.

Por outro lado, o executivo espanhol não pretende fornecer assistência financeira ao regresso, com excepção de alguns projetos, "por exemplo de investigação, que seriam muito importantes e trariam valor acrescentado" para Espanha.

A secretária de Estado reconheceu a "resistência" por parte dos emigrantes, já que as condições de trabalho são muitas vezes menos favoráveis em Espanha.

O país ainda tem a segunda maior taxa de desemprego na Zona Euro (14,5% em setembro) e vai à frente no número de contratados a prazo (26,9%), duas situações que pressionam para baixo o valor dos salários.

Estima-se em 2,5 milhões o número de espanhóis que vivem no estrangeiro, dos quais 1,5 milhões vivem no continente americano, enquanto uma grande proporção dos migrantes que partiram durante a crise está actualmente no Reino Unido e na Alemanha.

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