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Erdogan queixa-se de preconceitos para defender pena de morte

23 de julho de 2016 às 13:02

"Se o meu povo, o meu país, constantemente exigir a pena de morte, se os representantes do meu povo na Assembleia disserem sim, desculpe, mas eu tenho que atender a essa exigência", disse o presidente turco

O Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, respondeu às críticas dos europeus sobre a repressão no país após a tentativa de golpe de Estado dizendo que há preconceito contra o seu país, numa entrevista divulgada hoje na televisão France 24.

"Em relação à Turquia, eles (europeus) têm preconceito e vão continuar a agir com os seus preconceitos", declarou o chefe de Estado.

De acordo com Erdogan, "há 53 anos que a Europa" faz a Turquia "esperar à porta".

A União Europeia advertiu que o restabelecimento da pena de morte, aventada como uma possibilidade por Ancara logo após o golpe, acabaria com as esperanças da Turquia de adesão ao bloco europeu.

"Se o meu povo, o meu país, constantemente exigir a pena de morte, se os representantes do meu povo na Assembleia disserem sim, desculpe, mas eu tenho que atender a essa exigência", disse Erdogan.

"Nas democracias, a soberania pertence ao povo", afirmou.

Segundo o chefe de Estado "nenhum outro país tem sofrido tanto durante as negociações de adesão à União Europeia, mesmo no que diz respeito à supressão de vistos" para os cidadãos turcos.

"Estamos a servir de escudo para a Europa", disse Erdogan sobre a crise dos migrantes.

"Eles (europeus) fizeram promessas, mas não têm mantido as suas promessas", acrescentou.

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