Cuba encantou Marcelo. Andou de táxi na marginal e visitou uma livraria
Presidente da República não escondeu a sua satisfação com a visita oficial a Cuba e contou detalhes do programa paralelo que lhe permitiu fugir ao protocolo
A viagem "correu muitíssimo bem". O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não escondeu a sua satisfação com a visita oficial a Cuba, que contou com um programa paralelo turístico que encantou o Chefe de Estado.
Esta quinta-feira, antes de viajar para a Colômbia, para a 25ª Cimeira Ibero-Americana, e perante estudantes da Universidade de Havana, Marcelo Rebelo de Sousa disse que foi "uma felicidade estar em Cuba e estar com Fidel", porque "era uma imagem que tinha" desde adolescente. "Depois, estar com o presidente e com os governantes, que é ver a transição do passado para o presente, pensando necessariamente no futuro. E depois estar convosco, que são mais futuro do que passado. Eu não estive com uma Cuba, estive com várias Cubas durante a visita", considerou.
Na sua intervenção, Marcelo defendeu que Portugal e Cuba têm neste momento "um momento único" para estreitar relações económicas: "Tem de ser agora, não só na presença portuguesa em Cuba, mas também na presença cubana em Portugal. Porque há um clima favorável, há um diálogo reforçado, há uma empatia".
Aos jornalistas, o Presidente da República qualificou de "muito positiva" esta visita: "Correu muitíssimo bem. E houve uma disponibilidade das autoridades cubanas no sentido de tudo fazer para que corresse muito bem, isso é muito positivo".
O Chefe de Estado falou, então, sobre o "programa paralelo" que teve nos dois dias desta visita, que incluiu um passeio de táxi na marginal de Havana. "Foi uma incursão, digamos assim, resolvida à última da hora. Não estar um pouco mais junto ao mar era uma oportunidade perdida, portanto, tive a oportunidade de estar ali no Malecón a ver pescadores e a aproveitar", declarou.
O chefe de Estado disse que a marginal "é lindíssima" e que "percorrê-la um bocadinho fora da rigidez do programa é muito agradável", acrescentando: "Se é possível juntar o útil ao agradável, por que não?".
Marcelo referiu que gosta "de fazer desvios ao protocolo" de vez em quando, mas que "têm de ser feitos de uma forma cuidadosa, para nem melindrar os anfitriões, nem propriamente criar problemas ao programa existente". Na quarta-feira, foi conhecer o famoso bar Floridita e disse também ter feito "uma segunda incursão cultural numa livraria, muito frutuosa", tudo à margem do programa oficial, sem jornalistas.
Freira e historiador condecorados
Do programa oficial, fez parte a condecoração da freira portuguesa Teresa Vaz, que dirige uma creche de uma organização católica, e do historiador cubano Eusebio Leal, responsável pela recuperação do centro histórico da capital de Cuba.
Numa cerimónia na residência do embaixador de Portugal em Havana, Marcelo Rebelo de Sousa atribuiu a Teresa Vaz o grau de comendador da Ordem do Mérito e a Eusebio Leal o grau de comendador da Ordem de Sant'Iago da Espada.
Perante algumas dezenas de convidados de países lusófonos, o chefe de Estado afirmou: "É bom que estejamos aqui tantos para podermos acompanhar o júbilo da homenagem muito justa a uma portuguesa e um cubano, um cubano e uma portuguesa, que os dois trabalharam por Cuba, por Portugal, pela humanidade".
Marcelo Rebelo de Sousa esteve com Eusebio Leal num passeio pelo centro histórico de Havana logo no começo da sua visita de Estado a Cuba, na quarta-feira de manhã.
Em seguida, visitou a creche da Associação Padre Usera, uma organização não-governamental católica, dirigida por Teresa Vaz, da Congregação das Religiosas do Amor de Deus, também no centro histórico da capital cubana.
Edições do Dia
Boas leituras!