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Covid-19: Parlamento britânico encerra até 21 de abril

25 de março de 2020 às 10:07

Boris Johnson ordenou na segunda-feira que a população do Reino Unido fique confinada por pelo menos três semanas, ordenando também o encerramento de todas as lojas e serviços não essenciais.

O parlamento britânico vai encerrar durante quase um mês, a partir de hoje à noite, e os deputados serão enviados para casa uma semana antes do período habitual de férias da Páscoa devido à pandemia da covid-19.

O Governo, que detém a grande maioria no parlamento, apresentou uma moção na câmara baixa para encerrar a instituição até 21 de abril.

Segundo afirmou o ministro da Habitação, Robert Jenrick, à BBC, esta é uma decisão "razoável" que segue as medidas já tomadas pelo Governo para conter a propagação da pandemia.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, ordenou na segunda-feira que a população do Reino Unido fique confinada por pelo menos três semanas, ordenando também o encerramento de todas as lojas e serviços não essenciais.

"O parlamento deve, obviamente, dar o exemplo", disse Jenrick, acrescentando que proteger a equipa é importante.

O ministro garantiu, no entanto, que "o parlamento retomará as sessões após as férias da Páscoa", enfatizando a importância de os deputados desempenharem o seu papel.

A legislação sobre o estado de emergência, que dá ao Governo o poder de forçar os cidadãos a ficarem confinados, foi debatida no parlamento nesta semana e deverá ser adotada hoje.

Esta última sessão constitui uma última oportunidade para o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, de debate com Boris Johnson no período de perguntas semanais ao primeiro-ministro.

O novo líder trabalhista, que sofreu uma derrota histórica nas eleições legislativas de dezembro, será anunciado em 4 de abril.

Considerado mais centrista do que o atual líder, Keir Starmer, 57 anos, foi responsável, durante três anos, pelo dossier ‘Brexit’ na oposição, sendo o favorito ao cargo.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com mais de 81.200 casos, tendo sido registados 3.281 mortes.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.696 mortos em 39.673 infeções, o Irão, com 1.934 mortes num total de 24.811 casos, a França, com 1.100 mortes (22.300 casos), e os Estados Unidos, com cerca de 600 mortes (mais de 50.000 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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