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Covid-19: França acaba com confinamento a 11 de maio, mas restrições mantêm-se até junho

28 de abril de 2020 às 16:13

Primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, afirma que "é preferível" usar máscara na via pública, salientando que o teletrabalho é para continuar e certas restrições de deslocações mantêm-se até 2 de junho.

O fim do confinamento em França deverá começar a 11 de maio, anunciou hoje o primeiro-ministro, afirmando que "é preferível" usar máscara, o teletrabalho é para continuar e certas restrições de deslocações mantêm-se até 02 de junho.

O primeiro-ministro, Édouard Philippe, apresentou hoje o seu plano para o fim do confinamento na Assembleia Nacional, perante cerca de 75 deputados e vários ministros do Governo.

Philippe afirmou que manter o confinamento poderia levar a "efeitos prejudiciais" para o país, mas avisou que a data prevista para o seu fim, 11 de maio, só acontecerá se estiverem reunidas as condições necessárias.

"Se os indicadores não forem o que esperamos até lá, não haverá fim do confinamento a 11 de maio", afirmou Édouard Philippe.

Uma das maiores dúvidas para os franceses é a política adotada face ao uso de máscaras. Philippe indicou que a compra de máscaras para o grande público por parte das regiões vai ser comparticipada em 50% pelo Governo e que máscaras laváveis vão ser postas à venda através do site da La Poste, os correios franceses. 

No entanto, a sua utilização não vai ser obrigatória no quotidiano, exceto nos transportes públicos (incluindo táxis e plataformas como Uber) e nalguns níveis da escola pública entre os alunos - a máscara será obrigatória para todos os professores no sistema de educação nacional.

Também os donos de estabelecimentos comerciais podem impor a utilização de máscara dentro das suas lojas.

A França espera ainda conseguir fazer 700 mil testes de rastreio da covid-19 por semana a partir de 11 de maio, procurando traçar a rota de contaminação dos novos casos. A possível utilização da aplicação STOP Covid vai ser debatida e votada numa sessão à parte.

Nas escolas, o primeiro-ministro precisou que creches, pré-escolar e ensino primário vão abrir a partir de 11 de maio. Ensino básico vai regressar a partir de 18 de maio e só a partir de fim de maio se vai saber se os liceus vão reabrir. As salas de aula não vão ter mais que 15 alunos e o regresso às aulas é voluntário.

Philippe indicou que o teletrabalho, para quem pode, deve continuar pelo menos até dia 2 de junho e, para quem tem de voltar, os horários devem ser alternados, para evitar as horas de ponta.

A oferta de transportes vai ser reforçada, mas a sua ocupação deve ser reduzida para metade. Para os transportes de longo curso, como comboios, só será possível comprar bilhete com antecedência.

A circulação vai ser novamente livre, sem necessidade de justificação, a não ser para deslocações de mais de 100 quilómetros que levem a uma mudança de região.

Em França, a covid-19 não atingiu todo o território da mesma forma, portanto há o perigo proliferação da pandemia ao mudar de região.

Todo o comércio vai reabrir a partir de 11 de maio, exceto bares, restaurantes e cafés. Caberá às autoridades locais gerir a reabertura dos mercados de rua, muito populares em França, e também dos centros comerciais de mais de 40 mil metros quadrados. 

Dentro dos espaços comerciais, tem de ser mantida uma distância de segurança de pelo menos um metro entre clientes e trabalhadores.

O primeiro-ministro vai voltar a falar ao país no fim de maio para reavaliar as medidas anunciadas esta terça-feira e indicar se a reabertura de bares, restaurantes e cafés pode acontecer a partir de 02 de junho.

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